Dívida pública federal cai quase R$ 30 bilhões em julho
A Dívida Pública Federal (DPF) caiu 1,35% no mês de julho, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional divulgados na tarde de hoje (27). A DPF fechou o mês passado com R$ 2,173 trilhões, representando queda de R$ 29,79 bilhões em relação a junho. A razão da queda foi o resgate de R$ 82,88 bilhões, ao mesmo tempo que foram emitidos R$ 31,34 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$ 51,53 bilhões.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, a Copa do Mundo, que terminou em 13 de julho, influiu na menor emissão de títulos. “Um dos fatores que contribuíram para a menor emissão de títulos em julho foram os eventos de Copa do Mundo onde observamos uma diminuição do mercado secundário, mas está dentro do previsto. É uma retração natural do mercado, estavam com interesse desviado para outras coisas, que não o mercado em si”, explicou Garrido.
Ele lembrou também a concentração do vencimento de títulos, algo já previsto para o mês, para explicar a redução da DPF. A concentração do vencimento é típica do primeiro mês de cada trimestre por causa do fim do prazo de vigência de títulos prefixados. Dessa forma, a Dívida Pública Federal costuma registrar queda no estoque nos meses de janeiro, abril, julho e outubro.
A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna caiu 1,39%, passando de R$ 2,111 trilhões em junho para R$ 2,081 trilhões em julho. O motivo foi o resgate líquido de R$ 48,44 bilhões e o reconhecimento de R$ 19,16 bilhões em juros.
A dívida pública externa também teve queda de 0,56% sobre o estoque apurado em junho, fechando julho com R$ 91,21 bilhões, dos quais R$ 82,04 bilhões referentes à dívida imobiliária e R$ 9,17 bilhões à dívida contratual.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com alguma antecedência, no caso de títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, inflação ou câmbio.
Da Agência Estado