Doação de órgãos diminui no País!
Apesar de o Brasil ter um dos melhores programas públicos de transplante de órgãos e tecidos, o número de doações está caindo. Aqui no ABC, metalúrgico na Mercedes finaliza exames para doar medula óssea.
A doação de órgãos
tem sido um assunto amplamente
comentado nos últimos
tempos. E não é para
menos, pois ela representa
uma nova chance de vida
aos receptores.
O Brasil é o segundo
país do mundo em números
absolutos na realização de
transplantes, mas a realidade
da fila de espera – última
alternativa de vida para
muitos – ainda demonstra o
quanto é preciso que mais e
mais pessoas se sensibilizem
para o problema.
Para piorar a situação, o
Brasil constatou uma queda
no número de doações nos
últimos anos. De acordo
com o Sistema Nacional de
Transplantes (SNT), ligado
ao Ministério da Saúde, em
2004 haviam 7,3 doadores
por milhão de habitantes.
Em 2005, essa proporção já
era de 6,3; em 2006, de 6,0.
Essa queda tem relação direta
com a recusa das famílias
em doar órgãos dos parentes
com morte encefálica.
O Brasil possui hoje
um dos maiores programas
públicos de transplantes de
órgãos e tecidos do mundo,
com 555 estabelecimentos
de saúde e 1.376 equipes médicas
autorizados a realizar
transplante, em 25 estados.
Muitos transplantes
deixam de ser realizados por
falta de autorização familiar
e o caminho é a conscientização
das pessoas de que
uma simples decisão pode
evitar mortes.
Doador, avise sua família!!! – A maioria dos órgãos,
tecidos, medula óssea e
sangue podem salvar vidas.
Avise a sua família que você
quer ser doador. No Brasil,
a doação só acontece com
o consentimento dos familiares.
A doação de órgãos
é um ato pelo qual a pessoa
manifesta a vontade de que,
a partir do momento da
constatação da morte encefálica,
uma ou mais partes
do seu corpo, em condições
de serem aproveitadas para
transplante, possam ajudar
outras pessoas.
Serviço – Ao contrário do resto do
País, que conta com Centrais
Estaduais, o Estado de São
Paulo optou por delegar as
tarefas relativas a captação de
órgãos a 10 hospitais públicos
universitários, denominados
de OPO’s – Organização
de Procura de Órgãos.
As mais próximas do ABC são:
OPO/HC
Hospital das Clínicas da Fac. de Medicina de São Paulo – Instituto Central.
Av. Dr. Enéias de Carvalho Aguiar, 255 – 5º andar – Sala 5073
Cerqueira César – São Paulo – Fone 3088-7129
OPO/Santa Casa de São Paulo
Rua Dr. Cesário Mota Jr., 112 – Santa Cecília
Fone 3226-7270
OPO/Dante Pazzanese
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
Av. Dante Pazzanese, 500 – Ibirapuera – São Paulo
Fone 5085-4015
OPO/EPM
Hospital do Rim – Faculdade Oswaldo Ramos
Rua Borges Lagoa, 960 – 6º andar – Vila Clementino – São Paulo.
Fones 5572-8749 e 5573-7404
Trabalhador na Mercedes pode ser doador
O companheiro César Lova disse que ficou muito feliz quando recebeu a informação de que
poderia ser um doador de medula óssea. “A primeira análise mostrou que sou compatível com um dos
pacientes que precisa de transplante. E fiquei muito feliz em poder ajudar alguém”, disse ele. César tem
28 anos, é casado, tem dois filhos pequenos e trabalha na usinagem de bloco da Mercedes.
Você participou da campanha do ano passado para o garoto Breno?
Sim. Nós moramos perto
da família do Breno e nos
envolvemos na campanha,
distribuindo panfletos e
convocando os parentes.
Quando você recebeu a notícia de que é um possível doador?
Há duas semanas recebi
ligação do Redome (Registro
Nacional de Doadores
de Medula Óssea) avisando
que o meu resultado tinha
sido compatível com um dos
pacientes.
E depois disso?
Fui até São Paulo, na
Santa Casa, onde fizeram nova
coleta de sangue para confirmar
a compatibilidade. O
resultado será conhecido no
próximo mês e, se der tudo
certo, daí farei a doação.
E quem é o paciente?
Por uma questão de
sigilo, eles não informam
quem é o paciente. Disseram
que só poderei conhecer a
pessoa um ano e mei