Doar órgãos é um ato pela vida
Aumentou o número de transplantes de órgãos no País. A tragédia com a adolescente Eloá Pimentel contribuiu para conscientizar sobre o tema, mas a fila de espera, infelizmente, está longe de um fim. Uma alternativa é a doação em vida, para a qual se prepara o companheiro Marcelão, na Volks, que pode doar parte do fígado para o irmão.
Aumenta número de transplantes no País
A tragédia da adolescente Eloá Pimentel, assassinada pelo namorado em Santo André há um ano, ajudou a desenvolver uma conscientização popular sobre a necessidade da doação de órgãos.
Constatada a morte cerebral da garota, sua família autorizou a doação de seus órgãos, que salvaram cinco vidas.
O caso ganhou repercussão nacional e durante dias as tevês deram explicações de como se pode ser um doador. A repetição da informação teve um caráter pedagógico e o número de doações aumentou.
Maria Augusta Silva dos Anjos recebeu o coração de Eloá
As campanhas de esclarecimento também ajudam, além dos investimentos no sistema público de transplantes.
Esses fatores fizeram com que os transplantes de órgãos com doador falecido crescessem 24% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
No ano passado, entre janeiro e junho, foram feitos 1.688 transplantes e, neste ano, no mesmo período, o número passou para 2.099.
Esse aumento, no entanto, fez a lista de espera por um transplante diminuir 1%. Em dezembro do ano passado, 63 mil pessoas aguardavam na fila, enquanto em julho deste ano eram 64 mil.