É preciso frear a queda da indústria brasileira
Boletim recente da CNI mostra que a participação da indústria de transformação brasileira no mundo despencou para o menor patamar histórico.
O Brasil perdeu espaço tanto na produção, que passou para 1,32% em 2020, como também nas exportações mundiais dos produtos manufaturados, que em 2019 caiu para 0,83%. Para 2020, a CNI estima nova retração, para 0,78%.
A China continua soberana como a principal produtora industrial global. No último período, viu sua participação saltar de 29,4% em 2019 para 31,3% em 2020, enquanto Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coreia do Sul fecham o top 5 com 16,0%, 6,6%, 4,6% e 3,3% respectivamente.
Já o Brasil caiu para a 14º posição no ranking dos maiores produtores de produtos manufaturados no mundo. No entanto, o maior problema é que estamos numa queda que não apresenta resistência, pois até 2014 o Brasil se mantinha posicionado entre os 10 maiores produtores globais, e desde então vem perdendo espaço para países como Índia, México, Indonésia, Taiwan e Rússia.
Mudar esse quadro para o Brasil passa pelo estabelecimento de uma contundente política industrial de médio e longo prazo, com planejamento estratégico e gerando emprego industrial de qualidade em solo nacional.
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