É preciso somar esforços contra a avalanche de retirada de direitos

(Foto: Adonis Guerra)

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, convoca os trabalhadores da base para o lançamento da Frente Brasil Popular ABC, que acontece amanhã, das 9h às 13h, na Regional Diadema. Participam movimentos sociais, trabalhadores, juventude, mulheres, negros, intelectuais e partidos políticos que lutam em defesa de um País mais justo, soberano e igualitário.

“A Frente Brasil Popular ABC é a somatória dos esforços de todos os movimentos combativos da região. Por isso, precisamos participar ativamente das ações para impedir a avalanche que pode vir sobre os trabalhadores, resultado da consumação do golpe que está em curso no Senado”, explicou Rafael.

Na pauta, a defesa da democracia, de políticas públicas de qualidade, por empregos e direitos trabalhistas e avanços sociais. A programação do ato terá debate sobre a resistência contra os ataques, leitura do documento da criação da Frente e encaminhamentos das próximas atividades.

“Nos últimos anos, as medidas conservadoras da elite ficaram em segundo plano e o símbolo disso foi a implosão da proposta da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), afirmou. “No lugar disso, o Brasil se inseriu de maneira mais soberana no mundo com conquistas importantes da classe trabalhadora”, analisou o presidente dos Metalúrgicos do ABC, que compõem a Frente.

 “É fundamental continuar a ter políticas de valorização do salário mínimo, inclusão social e combate à fome”, completou.

Entre as preocupações dos trabalhadores está a ‘mexicanização’ do País em uma aliança entre governo, empresários e a mídia comercial.

“Há mais de 20 anos as forças conservadoras no México estão juntas retirando sistematicamente conquistas históricas daquela sociedade”, contou.

O presidente do Sindicato alertou que a corrupção deve ser combatida, mas sem virar pretexto para fazer mudanças prejudiciais à população.

“Temos olhado com atenção para o que está acontecendo no México, já que são situações similares entre os países. O último ataque lá foi a lei do petróleo e aqui no Brasil está começando com o Projeto de Lei que entrega o Pré-Sal para as multinacionais”, ressaltou.

Outra ofensiva contra os trabalhadores é o projeto que libera a terceirização total e precariza as relações de trabalho, que está em tramitação no Senado. “Não serão poucos os desafios nessa nova correlação de forças que está se formando no Brasil”, disse.

Rafael explicou que de um lado estão os mais conservadores, o sistema financeiro, setores do empresariado, o governo interino e parte do Congresso, que têm propostas que não são vencedoras nas urnas brasileiras. Do outro lado, está a pauta da inclusão, de mais direitos e conquistas para todos.

“Por isso, é o momento de juntar esforços para fazer uma barreira contra os ataques que estão sendo preparados contra nós. É a nova fase da resistência e da luta para virar o jogo no Brasil com muita unidade entre nós”, alertou. “É importante participar desse momento fundamental da nova história da luta de classes no Brasil”, convocou.

Da Redação