E você, precisando se afastar?
Você está com problemas de saúde, mas estamos em um tempo que é péssima a ideia de se ausentar do posto de trabalho. Quer por causa da pressão/coação das empresas, quer pela grande diminuição do quadro de trabalhadores em muitas empresas.
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Se você não tem tempo de ler todas as notícias, não sabe da realidade do INSS. Os postos estão com metade dos trabalhadores, muitos fecharam (Diadema) e o governo avança em uma MP para literalmente acabar com a perícia médica presencial, com a desculpa de reduzir a fila que eles criaram com o sucateamento, demissão, morte e não contratação de novos trabalhadores (Tribuna nº 4968). No Brasil, muitos estão marcando perícia para 2023. No ABC, ainda estamos com 10 dias, por vários fatores.
Estamos a cinco meses do final do ano. Isto significa que cirurgias de ombro, punho e coluna levam, facilmente, afastamento até o ano novo.
O INSS é uma seguradora que pagamos para, quiçá um dia, aposentarmos. Nesse caminho, as doenças que impedem de trabalhar têm direito ao auxílio-doença, que é 91% do salário de benefício. Este é a média aritmética simples dos 80 maiores salários de contribuição.
Traduzindo: no geral, soma os 80 últimos salários, divide por 80 e multiplica por 0,91. Dá menos que o salário atual? Lógico, mas não fica longe e você tem um gasto menor com transporte. Próxima coluna: auxílio-doença comum x acidentário.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente