Eleição presidencial no Peru: esquerda lidera e 2º lugar tem disputa acirrada

Professor Pedro Castillo, do bloco Peru Livre, está praticamente no segundo turno. Em apuração não oficial, Keiko Fujirmori vem em segundo lugar

Professor de ensino básico, Pedro Castillo cresceu na reta final. Foto: Divulgação

Com pouco mais de 51% das urnas oficialmente apuradas, o candidato Pedro Castillo, do bloco de esquerda Peru Livre, lidera o primeiro turno da eleição presidencial do Peru com 16,2% dos votos válidos. A disputa por um lugar no segundo turno está entre Hernando de Soto (Avança País, ou Go on Country, com 13.56%), Rafael López Aliaga (Renovação Popular, 12.92%) e Keiko Fujimori (12.88%). Os números foram informados pelo Gabinete Nacional de Processos Eleitorais (ONPE). O Peru tem 33 milhões de habitantes e 25 milhões de aptos a votar. O voto é obrigatório e a participação está em torno de 73%.

Pedro Castillo tem 51 anos e é professor do ensino básico do país e considerado politicamente de esquerda, mas conservador em questões morais. É contrário, por exemplo, ao aborto e à união de pessoas do mesmo sexo. Sua liderança é apontada também pela consultoria Ipsos, que tem uma espécie de apuração paralela com 69% dos votos ainda não oficializados. Por essa conta, Castillo chegaria a 16,8% dos votos, enquanto o segundo lugar passa para Keiko Fujimori, com 14,5%. Ainda segundo a Ipsos, o candidato de extrema-direita Rafael Lopez Aliaga viria em terceiro com 11,9%, enquanto o economista de direita Hernando de Soto, em passaria para quarto, com, 10,8%.

São dezoito os candidatos, maior número para uma eleição presidencial no Peru. Os peruanos também elegeram neste domingo (11) 130 parlamentares que compõem o Congresso, que é unicameral (não tem Senado). De acordo com a Ipsos, qualquer que seja o presidente eleito, ele terá dificuldades para formar uma base de apoio, já que nenhum deles vai para o segundo com votação expressiva. E também porque a composição do Congresso caminha uma para forte fragmentação, sem uma força hegemônica. A informação é do jornal Diario Correo.

Da Rede Brasil Atual