Eleições no México: Esquerdista e conservador disputam presidência
Tecnicamente empatados com 35% na preferência da população, o herói dos pobres López Obrador, do Partido da Revolução Democrática, e o liberal Felipe Calderón, do Partido da Ação Nacional, disputam domingo a presidência do México.
Na tentativa de superar o adversário, os dois buscam votos nos eleitores do tradicional Partido Revolucionário Institucional, que deve ficar em terceiro lugar. O PRI governou o México durante 70 anos até perder para o atual presidente Vicente Fox.
Em seu comício final, López Obrador reuniu mais de 200 mil pessoas na principal praça da Cidade do México, onde já foi prefeito.
Ele é a esperança daqueles que não viram a vida melhorar com o crescimento econômico do País depois do tratado comercial com os Estados Unidos.
As exportações cresceram e a taxa de desemprego é de apenas 3,5%. Mas, os postos de trabalho são precários, com salários baixos, péssimas condições de trabalho e longas jornadas.
Os programas – López Obrador diz que vai rever cláusulas do tratado comercial e mudar a política econômica para que o governo não fique a serviço de uma minoria.
Promete priorizar a educação, a distribuição de remédios para os pobres e pensão para todos com mais de 70 anos de idade.
Em toda campanha ele bateu duro nos “de cima” e nas elites parasitas.
Seu concorrente é Felipe Calderón, candidato do atual presidente Vicente Fox. Ele representa a classe média e o setor que saiu ganhando com o tratado comercial com os Estados Unidos.
Calderón é um neoliberal na economia e um conservador nos costumes, contrário à pílula anti-concepcional e a qualquer tipo de aborto.
Ele promete criar milhões de empregos com abertura econômica e mais reformas liberais.