Eleições sindicais democráticas
Aproveitando que a categoria está envolvida com as eleições em segundo turno para a escolha da nova diretoria do nosso Sindicato, vamos falar um pouco da importância do voto.
Até que a nova Constituição Federal viesse a ser aprovada, em 8 de outubro de 1988, o processo eleitoral dos sindicatos era fiscalizado pelo Ministério do Trabalho.
Era o período da intervenção do Estado na organização sindical, que autorizava o Ministério, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), a fiscalizar a vida interna dos sindicatos como administração, contabilidade, número de dirigentes etc.
Com a liberdade sindical, ainda que a Constituição tenha mantido o imposto sindical, a unicidade, o conceito de categoria e o poder normativo da Justiça do Trabalho, os sindicatos passaram a ter autonomia para se organizar internamente da forma como bem entendessem. Desde então, a organização das entidades e as eleições para a diretoria passaram a ser reguladas nos seus respectivos estatutos.
Exemplo para o Brasil
Nosso Sindicato foi inovador ao constituir uma forma de organização partindo da representação no local de trabalho. Assim, nasceram os Comitês Sindicais de Empresa (CSE). Esta já é a terceira eleição nesse novo sistema.
No primeiro turno, as eleições ocorreram dentro das fábricas, para escolher os dirigentes nos seus locais de trabalho. Foram 87 CSEs eleitos.
Agora, a eleição é para o Conselho da Direção, que tem apenas uma chapa inscrita, encabeçada pelo atual presidente, José Lopez Feijóo.
O comparecimento dos associados é muito importante para legitimar e garantir força e representatividade para a nova direção sindical.
As empresas têm que perceber, mais uma vez, que nossa categoria é organizada e consciente. Por esta razão, esse modelo de organização foi aprovado e serviu como referência para a proposta de reforma sindical. O ABC sempre serviu de exemplo para o Brasil.
Departamento Jurídico