Eles lutam para superar a discriminação

O casal de namorados Andréia Rodrigues Santos, 19 anos, aprendiz do Senai na Mercedes, e Sérgio Fernandes Costa, funcionário da Prefeitura de São Bernardo, 33 anos, ambos portadores de deficiência auditiva, contam como lutam para superar a discriminação e o preconceito.


Andréia e Sérgio, deficientes auditivos

“Desde jovem enfrento inúmeras batalhas para conquistar meu espaço. Por isso, realizei um sonho ao conquistar a oportunidade para ser uma grande profissional na Mercedes. Já fui aprovada em testes em empresas que, na hora do exame, disseram que não podia preencher a vaga porque sou deficiente.

Alguns usam esse termo para denominar pes- soas com deficiência, mas ele deveria ser destinado para quem se diz são mas não tem a metade da coragem, da alegria, da determinação e da gratidão a Deus demonstradas por portadores de necessidades especiais.

Infelizmente, muitas vezes, ter algum tipo de deficiência significa também conviver com o preconceito, intolerância e dificuldade de desenvolver relações afetivas”. Andréia

“Realizei vários cursos no Senai e farei outros para ser visto como profissional motivado a continuar a luta por dias melhores, buscando minha autonomia financeira. Mesmo sentindo o preconceito e a discriminação no dia a dia, almejo melhorar.

Em nossa sociedade, a pessoa que não trabalha é marginalizada. O trabalho é condição indispensável para a pessoa com deficiência tornar-se parte integrante da sociedade e gozar plenamente seus direitos e deveres. É através do trabalho que ela torna-se realmente incluída na sociedade.

É lamentável afirmar que ninguém está imune aos preconceitos em relação ao portador de deficiência. Por isso, incluir é muito mais que simplesmente permitir o acesso do deficiente no mercado de trabalho. É um tributo à diversidade humana”. Sérgio. (Leia a íntegra dos depoimentos no www.smabc.org.br).