Elétricos podem igualar preço dos carros a combustão em 2 anos

Hoje, um BYD Dolphin Mini custa menos do que um hatch compacto com motor a combustão. Isso era impensável há alguns anos, afinal, carros elétricos tinham preços extremamente salgados. A expectativa, no entanto, é que esse barateamento dos veículos movidos a baterias seja cada vez mais comum e, no futuro próximo, automóveis dotados de ambas as tecnologias se igualem em termos de valores.

De acordo com um estudo feito pela BloombergNEF, o preço médio das baterias de íons de lítio caiu 20% de um ano para cá – o percentual mais baixo desde 2017. Em números, o custo médio do componente chegou a US$ 115 por kWh (R$ 712, na conversão direta). Mas ainda é cedo para comemorar, afinal, embora haja registro de queda global nos preços, o custo das baterias varia de região para região. Na China, por exemplo, que é conhecida como o berço desse tipo de tecnologia, o valor médio cai para US$ 94 (R$ 582).

Em tese, a marca abaixo de US$ 100 (R$ 630) já permite a paridade de preços entre carros elétricos e modelos a combustão. Entretanto, se a China nada de braçada nesse quesito, a Europa e os Estados Unidos têm situação bem diferente. No Velho Continente, por exemplo, o preço das baterias é superior em comparação à China – US$ 139 (R$ 861). Isso, em síntese, dificulta a competição. Já nos EUA, o custo é menor (US$ 123, ou R$ 762), mas ainda precisa baixar 31% para se igualar ao país asiático.

De olho nessa queda, a previsão do mercado é que os custos com as baterias continuem em baixa e que, até 2026, a marca de US$ 100 por kWh seja alcançada. E, como é praxe em se tratando de tecnologia, há estimativa de tornar o produto ainda mais popular no futuro, com custo global de US$ 69 (R$ 427) até 2030. Desse modo, com a redução nos custos das baterias, os preços finais dos carros elétricos vão se aproximar ainda mais dos modelos a combustão.

Do Jornal do Carro