Em algumas entidades órgão virou fraude
As CCPs foram criadas há dois anos como uma tentativa de resolver demandas trabalhistas rapidamente, sem a necessidade da Justiça. Mas, em muitos sindicatos tornaram-se balcão de negócios, para facilitar a vida do patrão.
A fraude é assim: as empresas demitem e depois levam o trabalhador a Comissões de Conciliação Prévia – CCP picaretas. Nessas comissões, a empresa propõe pagar as verbas rescisórias em parcelas e, na maioria das vezes, menos que o trabalhador tem direito. Pressionado pela demissão e pela falta de dinheiro, o trabalhador se vê obrigado a aceitar a proposta fraudulenta. Como essas comissões cobram do trabalhador, têm interesse em fazer qualquer tipo de acordo, mesmo que o prejudique.
Quando o trabalhador demitido faz acordo numa dessas CCPs, além de ficar no prejuízo perde também o direito de recorrer na Justiça.