Em Davos, sindicatos reivindicam prioridade ao emprego, não ao déficit
O secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Jyrki Raina, faz parte da delegação de líderes sindicais que acompanha o Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), de 26 a 30 de janeiro de 2011, e se une a todos os sindicatos para pedir que o emprego, em vez do déficit, seja a prioridade.
A delegação alegou que aqueles que formulam as políticas têm que seguir centrados em estimular uma demanda econômica suficiente para alcançar o pleno emprego. A verdadeira solução ao déficit orçamental é mais emprego, salários mais altos e por fim, mais ingressos fiscais.
“Temos que abandonar o eixo de austeridade composto por políticos conservadores, comentaristas econômicos e os mercados de obrigações”, disse a secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC-CSI), Sharan Burrow, que encabeça a delegação sindical em Davos.
Os sindicatos também defendem:
– Manter os direitos trabalhistas e ampliar a negociação coletiva
– Subir os salários mínimos e melhores a proteção social
– Voltar à regular as finanças internacionais e criar uma taxa de transações financeiras- Investir em infraestrutura física e social
– Criar empregos verdes, lutando contra a mudança climática
– Converter o G20 em um programa de emprego e crescimento
– Reativar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
O secretário-geral da FITIM, Jyrki Raina, participou em 26 de janeiro de uma discussão em grupo sobre o estado da fabricação mundial, junto com os ministros da Indústria do Canadá e África do Sul e os diretores executivos da Magna Internacional e da Essar Group.
“Os sindicatos industriais desejam converter a indústria de fabricação na locomotiva das economias nacionais. Garantir as condições na indústria para impulsionar e criar novos empregos nos países industrializados e em desenvolvimento redunda o interesse dos governos, das empresas e dos sindicatos”, disse Raina.
“Mas os empregos devem ser de boa qualidade, com salários decentes, proteção social e o direito de unir-se a um sindicato. O desemprego elevado, os baixos salários e o trabalho precário têm conduzido à desordem em certo número de países, e isto se estenderá ferozmente. Os governos e as empresam devem abordar urgentemente as justificadas preocupações de cidadãos indignados”, comentou o secretário-geral da FITIM.
Da FITIM – tradução de Valter Bittencourt – via CNM / CUT