Em defesa dos empregos no setor naval, CNM/CUT se reúne com direção da Petrobras
Dirigentes da entidade entregaram um documento para a presidenta da estatal, Graça Foster
Na manhã desta segunda-feira (15), o secretário de Administração e Finanças da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e coordenador do Setor Naval, Edson Rocha, e o secretário de Política Sindical da CNM/CUT, Loricardo Oliveira, entregam para a presidenta da Petrobras, Graça Foster, uma pauta de reivindicações em defesa do emprego dos trabalhadores na indústria naval.
O encontro foi realizado na sede da petrolífera, no Rio de Janeiro, e foi solicitado porque os metalúrgicos do setor estão sofrendo as consequências da interrupção de pagamento aos estaleiros, por parte da Petrobras, em virtude da Operação Lava Jato (que apura indícios de corrupção no segmento).
Segundo Edson Rocha, além das reivindicações pela garantia do emprego, a reunião também serviu para reafirmar o compromisso em defesa da manutenção dos investimentos nos polos navais criados até o momento, valorizando, dessa forma, a produção nacional desse setor. “Lutamos para recuperar a indústria naval e nossos empregos, depois de anos com os estaleiros em completo abandono por falta de obras. Hoje são mais de 80 mil trabalhadores diretos. Não podemos retroceder as conquistas da classe trabalhadora”, afirmou.
O secretário de Política Sindical lembrou que Graça Foster foi um dos principais nomes que apoiou a construção do Polo Naval de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. “A presidenta da Petrobras entende a importância da expansão da indústria naval no Estado e no país. Enquanto uns lutaram contra, Graça sempre apoiou o crescimento do setor, a geração de empregos e o avanço dos direitos trabalhistas”, disse.
O documento entregue a diretoria também mostra a situação dos trabalhadores nos principais polos navais do país. No Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), por exemplo, os trabalhadores não receberam pagamento dos salários e benefícios e estão sofrendo com as demissões em massa. Em Niterói (RJ), os funcionários não receberam o pagamento da primeira parcela do 13º. Já polo naval de Charqueadas (RS), ocorreram demissões sem pagamento de rescisão contratual e outros custos trabalhistas.
Da CNM/CUT