Em encontro da Sede, Juventude Metalúrgica debate história do Sindicato e reforma trabalhista
Sindicato avalia que a medida anunciada pelo governo é importante, porém não contempla proteção ao emprego nem linha de crédito popular.
A Juventude Metalúrgica reuniu no último sábado, dia 3, jovens trabalhadores na base para uma roda de conversa sobre a história do Sindicato, a reforma trabalhista e dinâmicas.
Segundo a CSE eleita na Mercedes, Priscila Zambelo Rozas, o encontro marca nova fase do coletivo e uma mudança geracional com a chegada de companheiros e companheiras da categoria.
“As fábricas renovaram o quadro de trabalhadores, envolvendo muitos jovens. Essa agenda buscou ajudar a entender melhor a nossa história, quem somos e como funciona a organização sindical dos Metalúrgicos do ABC”, disse.
Para a realização do encontro, membros do coletivo realizaram um levantamento na base sobre os temas de interesse. “Essa primeira atividade já foi bem diferenciada, informal, com a linguagem dos jovens e com pessoas experientes que sabiam conversar com esses trabalhadores. Em breve, anunciaremos mais detalhes sobre o novo encontro”.
A próxima atividade está prevista para 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude.
Reformas
O coordenador da Juventude Metalúrgica do ABC, Américo José Galvanho Júnior, o Juninho, lembrou que os temas das reformas trabalhista e previdenciária devem estar presentes no dia a dia dos jovens para mantê-los bem-informados e garantir propostas de luta em que a juventude possa ser protagonista neste debate.
“Essas são medidas que atacaram diretamente a classe trabalhadora e, por reflexo, o futuro dos jovens em médio e longo prazos. Só trouxeram dificuldades na inserção no mercado de trabalho, flexibilização das normas de saúde e segurança, trabalhos precarizados e salários arrochados, além de regras previdenciárias que dificultaram o acesso à aposentadoria. É preciso falar sobre isso e agir por mudanças”.
Informação
A trabalhadora na Volks e militante do coletivo de Juventude do Sindicato, Beatriz Batan da Silva, participou do encontro. “Depois de um longo período de pandemia e ataques à democracia, conhecer a história dos Metalúrgicos do ABC e do movimento sindical do nosso país foi incrível”.
“É hora de aprender sobre as conquistas da classe trabalhadora e o que vem mudando desde a reforma trabalhista de 2017. O conhecimento e a organização no chão de fábrica, junto à nossa representação, nos dão esperança e força para entrarmos na luta que começou antes até dos nossos pais. Discutir como podemos usar as redes sociais para evitar a disseminação de fake news e em nossa luta deve fazer parte das nossas conversas diárias na fábrica e no Sindicato”, destacou.