Em manifesto de ódio, terrorista norueguês critica Brasil e sua mistura de raças
Na página 1153 do documento “A European Declaration of Independence – 2083 (Uma Declaração de Independência Europeia – 2083)”, o terrorista afirma que a mistura de raças no país, provocada “pela revolução marxista brasileira” resultou em uma catástrofe, tornando o país sul-americano “disfuncional”, de “segundo mundo” e “com baixo nível coesão social”. Para ele, esta miscigenação seria a causa da corrupção, baixa produtividade e “conflitos entre diferentes culturas”.
Breivik cita o país em outros trechos. Em um capítulo no qual ensina a montar bombas, ele relembra o episódio do acidente com o Césio 137 em Goiânia, advertindo para se tomar “muito cuidado com substâncias radioativas”. A Proclamação da República, em 1889, também é lembrada, por ter sido um “golpe de estado sem sangue”.
O documento é uma verdadeira compilação de ódio contra o islã, o multiculturalismo e a qualquer pensamento de esquerda, ao qual ele se refere frequentemente como “marxismo cultural”, além de muitas outras corrente de pensamento. Breivik incentiva outros seguidores a fazerem o mesmo que ele. Em um capítulo, ele tenta provar que a opção armada é a única maneira de “salvar” o continente, já que “cinco décadas de diálogo com marxistas” não surtiram efeito.
Segue abaixo, na íntegra, em itálico, o trecho em que o terrorista menciona e critica o “modelo brasileiro” de sociedade:
“Os conservadores devem aproveitar seu poderio político e militar através de uma combinação entre luta armada e democrática nos próximos 70 anos, e implementar as políticas a seguir. A alternativa é o contínuo abastardamento desse modelo, muito similar ao modelo brasileiro. Onde foi estabelecida (graças à revolução marxista brasileira) uma mistura europeia/asiática/africana.
Essa política provou ser catastrófica para o Brasil e outros países que institucionalizaram e facilitaram uma mistura de raças entre asiáticos/europeus /africanos. O Brasil se firmou firmemente como um país de segundo mundo com um nível extremamente pobre de coesão social.
Os resultados são evidentes e manifestados em um alto grau de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto a miríade de ‘sub-tribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisa qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão.
Vendo a falta de coesão social do Brasil, e a produtividade média do brasileiro médio, é evidente que uma aproximação similar na Europa seria devastadora e retardante nacionalmente, sem mencionar que seria um grave crime (genocídio) em contribuir de qualquer maneira para a aniquilação, desconstrução e genocídio dos povos indígenas que são nórdicos por definição”.
Do Opera Mundi