Em meio às incertezas a respeito de EVs, mais e mais montadoras se comprometem a focar em modelos a combustão e híbridos
A transição para veículos elétricos parecia um caminho inevitável e acelerado, mas a realidade do mercado tem mostrado uma rota mais incerta. Diante da demanda abaixo do esperado e de possíveis mudanças regulatórias, as montadoras estão reavaliando suas estratégias e priorizando a diversidade de opções de motorização, ao invés de uma migração exclusiva para os EVs.
As empresas automotivas estão comprometidas em manter uma linha de produção que contemple motores a combustão, híbridos convencionais e híbridos plug-in, junto com alguns modelos elétricos. Essa abordagem busca atender consumidores que ainda preferem veículos a gasolina, seja por familiaridade, infraestrutura ou custo-benefício.
Dados do S&P Global Mobility indicam que o número de fábricas produzindo simultaneamente veículos com motores a combustão, híbridos e elétricos praticamente dobrará até 2029, passando de 11 unidades em 2023 para 21. Apesar da complexidade, esse modelo de produção se tornou essencial para a lucratividade das montadoras.
Apesar da incerteza sobre o ritmo da adoção dos EVs, as montadoras seguem investindo na infraestrutura necessária para sustentar a eletrificação no longo prazo. No atual cenário, a indústria automotiva parece caminhar para um período de transição prolongado, no qual os veículos elétricos coexistirão por mais tempo com as demais tecnologias.
Do Notícias Automotivas