Em Paris, presidenta defende criação de conselho de segurança econômico e social
A presidenta Dilma Rousseff defendeu, em Paris, a criação de um conselho de segurança da estabilidade econômica e social. A mesma medida havia sido sugerida pouco antes pelo presidente francês François Hollande.
Dilma, que está em viagem oficial à França e participa do encontro internacional “Fórum pelo progresso social – o crescimento como saída para a crise”, promovido pela Fundação Jean-Jaurès e pelo Instituto Lula, dedicou grande parte de seu discurso à crise econômica internacional e principalmente às dificuldades enfrentadas pela União Europeia.
Sobre o Brasil, a presidenta afirmou que o país vem fazendo a sua parte, o que permitiu diminuir internamente os efeitos da crise global. “Estou certa que a contribuição nos próximos meses será de aceleração na economia”, disse. Mas alertou que responsabilidade fiscal é tão necessária quanto medidas de crescimento.
Em seu discurso Dilma citou a criação de empregos no país, de 3,7 milhões em dois anos de seu governo, e a marca de 16 milhões de brasileiros que deixaram a linha da pobreza extrema com os programas de renda governamentais. E lembrou que falta ao país um pacto para ganhar competitividade, reafirmando que os ganhos com a exploração do petróleo devem ser encaminhados para a área da educação.
Quanto ao cenário internacional, a presidenta criticou o “uso abusivo” das políticas monetárias protecionistas, ao mesmo tempo em que defendeu ampliar comércio entre União Europeia e a América Latina. “Um dos maiores instrumentos para fazer face à crise é a ampliação do comércio”, defendeu Dilma, que na tarde desta terça-feira deverá se encontrar com o presidente francês no Palácio do Eliseu.
Do Valor Econômico