Emprego cai no País e cresce no ABC
Os resultados de duas pesquisas de emprego divulgados ontem apontam para direções diferentes.
Enquanto o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho indicou crescimento de 39% no número de vagas no ABC, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o desemprego voltou a subir nas seis maiores regiões do País após três meses seguidos de queda.
O Caged utiliza dados encaminhados pelas próprias empresas. Ou seja, mede alterações só no nível de emprego com carteira assinada. Já o IBGE trabalha com toda a população, incluindo também os trabalhadores informais.
Aumento
Assim, segundo o IBGE, a taxa de desemprego aumentou de 11,2% da População Economicamente Ativa em julho para 11,4% em agosto. Com isso, os trabalhadores sem serviço passaram de 2,4 para 2,5 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas.
Segundo o instituto, esta variação pode ser explicada pelo aumento no número de pessoas procurando emprego devido a recuperação da economia. Tanto que a população empregada ficou estável em agosto, com 19,2 milhões de trabalhadores.
Já o rendimento médio do trabalhador caiu 1,4% de julho para agosto e atingiu R$ 893,10. Em relação a agosto de 2003, a renda do trabalhador diminuiu 0,9% na região do ABC.
Mais emprego
Os dados relativos ao ABC confirmaram este crescimento do emprego com carteira verificado no País. Em agosto foram abertos 5,3 mil postos. Com relação a julho, quando houve a abertura de 3,8 mil vagas, o crescimento foi de 39%. O saldo do ano é de 36,3 mil empregos.
Três cidades do ABC estão entre as que mais criaram empregos no Estado no mês passado. São Bernardo, São Caetano e Santo André. O setor que mais contratou na região foi a indústria, seguido por serviços e comércio.