Emprego cresce na região Sul e Centro-Oeste
Confiante sobre a reação do País aos efeitos da crise econômica mundial, o ministro do Trabalho disse acreditar que, já em março, o Brasil voltará a crescer
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, adiantou nesta terça-feira (17) que todos os Estados da Região Sul e da Região Centro-Oeste tiveram alta no nível de emprego em janeiro. A divulgação oficial dos dados do primeiro mês do ano do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é esperada para esta semana.
Confiante sobre a reação do País aos efeitos da crise econômica mundial, Lupi disse acreditar que, em março, o Brasil voltará a crescer. “O Brasil será vanguarda. Será o primeiro país a sair da crise”, afirmou após solenidade com sindicalistas na Câmara Municipal de São Paulo. Questionado sobre os motivos de tanto otimismo, revelou: “Todos os Estados do Sul e do Centro-Oeste cresceram em janeiro na geração de empregos. É o primeiro sintoma de que a economia vai bem”.
Mesmo assim, janeiro ainda deve registrar mais demissões do que contratações formais no País. “A relação entre contratações e demissões será negativa em janeiro por causa dos efeitos da crise, mas o pior já passou”, disse.
O ministro relacionou a reação da economia esperada para março ao aumento do salário mínimo, que desde 1º de fevereiro subiu de R$ 415,00 para R$ 465,00. “O reajuste injeta bilhões em recursos diretos na economia. O salário mínimo é a base de compra da sociedade.”
Lupi citou a situação financeira dos bancos como exemplo do fôlego da economia do Brasil e criticou o alto spread bancário, ou seja, a diferença entre a taxa de empréstimo cobrada dos clientes e o custo de captação do dinheiro pelos bancos. “Enquanto no mundo todos os bancos estão falindo, no Brasil eles estão altamente saudáveis. Até porque cobram spreads grandes demais”, criticou. “Tem de diminuir e já está diminuindo.”
Seguro-desemprego
O ministro do Trabalho afirmou que não estenderá ao setor automotivo a concessão de parcelas extras do seguro-desemprego, anunciada na última semana para os setores mais atingidos pela crise. “A indústria automotiva já não tem mais essa desculpa porque está vendendo muito carro. Não tem de demitir mais ninguém”, afirmou. “Algumas empresas até já estão recontratando e há fila de espera de 45 dias para comprar alguns automóveis.”
A ampliação do tempo máximo de pagamento de seguro-desemprego de cinco para sete meses foi anunciada por Lupi e aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) na semana passada. Os setores beneficiados pela medida devem ser definidos até o final de fevereiro, mas Lupi adiantou que a siderurgia deve estar entre eles.
Da Agência Estado