Emprego depois dos 40
O Comitê Sindical reivindicou e a Cabomat, em São Bernardo, contratou trabalhadores que não tinham mais esperança de emprego registrado em carteira por causa da idade. Os resultados são animadores.
Contratados após os 40 anos
Depois de muita insistência do Comitê Sindical, a Cabomat, em São Bernardo, concordou em dar uma oportunidade de emprego aos trabalhadores com mais de 40 anos e não se arrependeu. O comportamento desses companheiros quebrou a resistência da fábrica.
“O pessoal dá conta do recado e têm experiência suficiente para resolver qualquer problema que aparece”, comenta Adezildo Bezerra de Figueiredo, o Amiguinho (foto), da coordenação do CSE.
Ele lembra que, no início, a Cabomat resistia a essas contratações, alegando que os jovens tinham mais vontade de encarar o serviço.
Perfil – “Respondemos para a empresa que, além da experiência, os companheiros mais velhos já sabiam trabalhar em equipe”, afirma. “Hoje, a Cabomat reconhece que a produção melhorou com eles”, comemora Amiguinho.
Ele diz que a empresa vai continuar contratando trabalhadores com esse perfil. “É preciso acabar com esse negócio de que trabalhador com 40 anos está velho”, conclui o dirigente.
Histórias de quem teve nova chance
Há dois meses, a Cabomat contratou Francisco Antonio de Aniceto, o Boi Vitalino, que tem 43 anos. Ele fazia serviços de limpeza na própria fábrica nos finais de semana e agora é ajudante de produção. “Eu já estava de malas prontas para voltar ao Ceará”, conta.
Expedito José Nogueira dos Santos, o Lula, com 50 anos, entrou há oito meses na empresa, como ajudante. Devido a seu empenho, hoje é meio oficial em cortadeira de barra.
Selviro Manoel de Sousa, 55 anos, o Beato Salu, foi contratado há três meses como auxiliar de limpeza. “Não tinha mais esperança de encontrar emprego registrado”, diz. ele. “Agora, não preciso mais pedir dinheiro para meu filho para pagar as despesas do mês”, comentou.
Gérson de Melo Silva, 50 anos, o Tirana do Sertão, foi contratado há dois meses como ajudante e em pouco tempo ganhou a confiança de todos pela sua experiência e disposição em trabalhar em equipe.
Ednaldo Alves Galindo, o Corujão, 50 anos, entrou na Cabomat há dois anos como auxiliar de limpeza e agora é ajudante de produção e está operando o forno.
Vilmar Paixão da Silva, 49 anos, o Ganso, foi contratado em janeiro como ajudante depois de ficar desempregado desde maio do ano passado. “Agora, quero disputar uma vaga de prensista, que é minha profissão”, revela.