Emprego em alta, mas juros altos seguem como ameaça
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Em abril de 2025 foram criados 257,5 mil empregos formais no Brasil. Com o saldo deste mês, o primeiro quadrimestre do ano acumula 922,4 mil novos vínculos formais, como revelam os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) sobre o comportamento do mercado de trabalho no país. No mesmo período de 2024, foram criados 965,8 mil postos de trabalho formais, o que já indica a desaceleração no ritmo de geração de empregos.
Ainda assim, os resultados do mercado de trabalho são muito positivos, visto que o aumento do emprego formal dos últimos 12 meses foi da ordem de 1,6 milhão de vagas abertas. Além da ampliação da massa salarial, com efeitos relevantes no consumo das famílias, a taxa de desemprego atingiu mínima histórica, registrando 6,6% em abril. A divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) trimestral também revelou a continuidade do crescimento da economia brasileira.
Todavia, para que este crescimento seja sustentado e possibilite uma melhor condição de vida para os trabalhadores, é necessário que o governo atue pela manutenção e ampliação do poder de compra da população e avance na criação de mais e melhores empregos.
Isso deve implicar também no incentivo a formalização, dado que ainda temos 39% dos trabalhadores na informalidade, na regulação das novas formas de trabalho, no fortalecimento da negociação coletiva e na valorização do salário mínimo.
Subseção do Dieese