Emprego formal mostra recuperação na região
Os dados mostram que 12 meses o saldo é positivo no Grande ABC. Durante este período, foram criadas 10.383 vagas formais
O saldo de empregos no Grande ABC reflete a crise financeira mundial, mas uma recuperação da atividade já pode ser notada. Em fevereiro foram fechadas 2.853 vagas formais na região em relação a janeiro, quando foram fechados 5.808 postos.
Uma compilação dos dados sobre emprego e desemprego, realizado pelo Observatório do Emprego e do Trabalho da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), mostra que em 12 meses (iniciados em fevereiro de 2008) o saldo é positivo no Grande ABC. Durante este período, foram criadas 10.383 vagas formais.
“É uma tendência de melhora mediante a crise, mesmo que sutil, já que apenas São Caetano mostrou abertura de vagas em fevereiro. Provavelmente, no levantamento referente ao mês de março os números serão melhores, devido a retomada da atividade de importantes setores, como o automobilístico. Aos poucos, a recuperação das grandes empresas vai impulsionando as menores, é um ciclo”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Vanderlei Retondo.
Com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, o estudo apontou que o emprego no Estado de São Paulo ficou praticamente estável em fevereiro, com a perda de apenas 95 vagas formais em relação a janeiro. Na comparação com o mês de fevereiro do ano passado, o Estado ganhou 323.072 vagas formais. Entretanto, no acumulado do ano, 38.771 postos foram fechados.
Apenas a indústria de transformação provocou a perda de 27.354 vagas em fevereiro no Estado. O setor também foi o que chamou mais atenção na região. Exemplo disso é Diadema, cidade que mais fechou postos em fevereiro, até pelo número de indústrias que estão presentes no município. “O Polo Industrial, não só da região, mas também do País, é fatalmente o mais prejudicado, uma vez que, falta crédito”, disse Shotoku Yamamoto, diretor-titular Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André.
Segundo ele, a crise dificulta que as grandes companhias busquem o financiamento no mercado Exterior, por isso, tomam empréstimos no mercado interno, provocando a escassez do crédito e dificultando seu acesso às pequenas e médias empresas, principalmente, que acabam demitindo funcionários.
SALÁRIO – No mês de fevereiro, o salário médio dos admitidos no Estado de São Paulo foi R$ 854 (em valores daquele mês), segundo o Observatório do Emprego e do Trabalho. O maior valor foi observado na Região Metropolitana de São Paulo – que inclui o Grande ABC – (R$ 940) e o menor na Região de Barretos (R$ 649).
Na comparação com o mês anterior, houve uma redução real no salário médio dos trabalhadores admitidos de 6,1% para o Estado como um todo.
Do Diário do Grande ABC