Emprego industrial permanece estável de janeiro para fevereiro
O emprego industrial variou 0,1% de janeiro para fevereiro, após queda de 0,2% no período anterior, informou hoje (12) o IBGE, que vê um período de estabilidade mantido desde outubro. Em relação a fevereiro do ano passado, o instituto registra queda de 0,7%, na quinta queda seguida nessa base de comparação – e a mais intensa desde janeiro de 2010 (-0,9%). O nível de emprego cai 0,6% no bimestre, também em relação a igual período de 2011. A taxa em 12 meses mostra crescimento de 0,5%, mas segundo o IBGE “prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%)”.
Também ante fevereiro do ano passado, o número de trabalhadores recuou em oito dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo veio de São Paulo (-2,9%), “pressionado em grande parte pelas taxas negativas em 15 dos 18 setores investigados”. O emprego caiu 1,4% na região Nordeste, 1,3% em Santa Catarina e 3,6% no Ceará. Entre os locais em alta, ficaram Paraná (4,2%), Minas Gerais (1,5%) e Rio Grande do Sul (1,3%).,
Entre os 18 ramos pesquisados, o emprego recuou em nove, com destaque para vestuário (-7,4%), produtos de metal (-5,6%), calçados e couro (-6,3%), madeira (-10,4%), têxtil (-5,1%), borracha e plástico (-4,1%) e papel e gráfica (-3,8%). Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (4,9%), máquinas e equipamentos (2,1%), indústrias extrativas (4,7%), meios de transporte (1,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%).
O número de horas pagas cresceu 1,3% no mês, no avanço mais intenso desde fevereiro de 2008 (1,7%), “refletindo em grande parte o maior dinamismo da produção industrial “. Na comparação com fevereiro de 2011, o número cai 0,8%, repetindo esse comportamento no bimestre (-1,1%) e no acumulado em 12 meses (-0,2%).
Já o valor da folha de pagamento aumentou 1,3% em relação a janeiro, na segunda variação positiva seguida. No resultado, o IBGE ressalta a “clara influência do avanço de 22,0% assinalado pelo setor extrativo, por conta do pagamento de participação nos lucros e resultados em empresas do setor, uma vez que a indústria de transformação apontou queda de 0,6%”. A folha cresce 5,4% ante fevereiro de 2011, 4,8% no bimestre e 4% em 12 meses.
Ainda hoje, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias (Ciesp) divulgam os números do nível de emprego em São Paulo no mês passado.
Da Rede Brasil Atual