Emprego metalúrgico: Estudo mostra aumento recorde
Estudo realizado pela
Subseção do Dieese da Confederação
Nacional dos Metalúrgicos
da CUT (CNM-CUT)
mostra evolução recorde no
nível de emprego metalúrgico
brasileiro.
Só entre os meses de janeiro
e junho deste ano, foram
abertos 123.484 postos
de trabalho no setor. Atualmente,
existem 1.847.956
de companheiros em atividade
no País.
Isto significa um aumento
de 7,2% de vagas, o melhor
dos últimos cinco anos
no País. Desde 1º de janeiro
de 2003, o ramo teve saldo
positivo de 466.315 empregos,
o que representa um
aumento de 33% na categoria.
O setor, que chegou a
empregar 2,8 milhões de
pessoas em 1987, passou
por crises e viu o número de
carteiras assinadas cair 52%
em dez anos, com a demissão
de 1,5 milhão de companheiros.
O pior momento
foi em janeiro de 2000,
sob FHC, com apenas 1,2
milhão de metalúrgicos empregados.
“Os empregos cresceram
devido a retomada dos
investimentos públicos e
privados no País, aliados ao
crescimento dos indicadores
econômicos e a definição das
políticas industriais. Tudo isso
fez as empresas aumentarem
a produção e, consequentemente,
contratar mais
trabalhadores”‘, afirmou Adriana
Marcolino, técnica do
Dieese na CNM-CUT.
Rotatividade – Por outro lado, a rotatividade
continua alta, atingindo
30% nos últimos dez
anos, o que mantém o salário
próximo ao piso e gera
gastos de verbas públicas
para o pagamento de benefícios
sociais.
Por isso, a CNM-CUT
luta pela ratificação da Convenção
158 da OIT, que
protege contra a demissão
sem justa causa. Devido a
ela, na Alemanha a média
de tempo no emprego chega
a 10 anos, no Canadá a 8
anos, enquanto no Brasil é
de 3,5 anos. No setor metalúrgico,
a média cai para 2
anos.
Volks contrata mais 52 trabalhadores
A estamparia na Volks
contará com mais 52 trabalhadores
a partir da semana
que vem. Eles vão se dedicar
a preparar o setor para
receber o projeto NF, a
nova família de carros da
montadora.
Com estas, já chegam a
777 as contratações feitas
neste ano pela fábrica e são
resultado do acordo feito ano
passado para novos investimentos
na planta Anchieta.
Os companheiros já realizaram
os testes de admissão e
trabalharão por prazo determinado
de um ano.
Todas essas contratações
confirmam uma nova realidade,
muito diferente do ano
passado, quando a Volks ameaçava
fechar a fábrica da
Anchieta.