Emprego metalúrgico sofreu massacre no governo do PSDB
Entre 95 e 2002, 44 mil empregos foram fechados na região
Os metalúrgicos do ABC sofreram um verdadeiro massacre nos seus empregos entre 1995 a 2002. Levantamento que a subseção do Dieese do Sindicato acaba de divulgar mostra que 44 mil postos de trabalho foram fechados naquele período na região.
O Brasil era governado na época pela mesma coligação – PSDB/DEM (ex-PFL) – que disputa agora o segundo turno das eleições presidenciais com Serra à frente.
O estudo aponta que o declínio do emprego começa a se acentuar a partir de 1994, quando sai de 160 mil vagas e chega a 106 mil no final do governo tucano.
Veja o gráfico do estudo:
ABC e Brasil
Proporcionalmente, o emprego metalúrgico no ABC foi mais penalizado que no restante do País naquele tempo, pois quase metade das vagas perdidas estava na região.
Em 1995, existia 1.473 milhão de metalúrgicos empregados no Brasil. O nível mais crítico chegou no ano 2000, com 1.315 mil postos de trabalho e se encerrou com 1.428 milhão de vagas no ano de 2002.
Foi o tempo em que FHC aprofundou a abertura indiscriminada às importações e o ABC correu o risco da desindustrialização.
Recuperação vem a partir de 2003
A reestruturação produtiva, as grandes multinacionais incorporando fábricas locais, o fechamento e a transferência de plantas, como a da Maxion (foto), deixaram marcas profundas no nível de emprego.
Apesar disto, a geração de postos de trabalho dos metalúrgicos cresce continuamente desde 2003.
No ABC, o crescimento partiu de 105,8 mil postos para os atuais 143,7 mil. Sofreu um solavanco no ano passado por causa a crise financeira mundial e retomou a rota de recuperação graças à ação rápida do governo federal.
No Brasil, a categoria saltou de 1.428 milhão, para os atuais 2,2 milhões de metalúrgicos.
Da Redação