Empresas de Máquina Agrícolas tem confiança na recuperação no setor

O cenário se sustenta pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, pela redução dos custos de produção em até 15%, pelo incremento de 37% nos recursos federais destinados ao financiamento da safra 2009/2010 e pela perspectiva do fenômeno El Niño, com chuvas abundantes no verão

Apesar de a indústria de tratores ter consolidado, até julho, volume de vendas internas 4,5% inferior ao do mesmo período do ano passado o clima é de otimismo no mundo dos fabricantes. O cenário se sustenta pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, pela redução dos custos de produção em até 15%, pelo incremento de 37% nos recursos federais destinados ao financiamento da safra 2009/2010 e pela perspectiva do fenômeno El Niño, com chuvas abundantes no verão.

O diretor de marketing da Massey Ferguson, Fábio Piltcher, diz que o Programa Mais Alimentos foi o grande impulsionador de negócios até julho, representando 34,6% das suas vendas. Ele acredita que o programa impulsionará a procura também na Expointer, que segue até domingo, em Esteio, RS: “O potencial do programa é enorme, com perspectivas de crescimento nos demais estados”.

O diretor comercial da Massey, Carlito Eckert, projeta que a recuperação das vendas no segundo semestre permitirá repetir o desempenho doméstico do ano passado, quando o setor vendeu 43,4 mil tratores. Ele lembrou o papel decisivo, nos próximos meses, da nova linha de crédito Finame Agrícola PSI lançada pelo BNDES:

“Com financiamento facilitado e condições climáticas e de mercado favoráveis a expectativa é a de aumento nas vendas de máquinas agrícolas ao longo de todo o segundo semestre”.

Para Paulo Kowalski, gerente da John Deere, se a nova linha Finame prolongar-se além de dezembro o mercado de colheitadeiras poderá, em 2010, voltar a patamar do ano passado, coisa de 4 mil unidades. Para este ano a expectativa é de queda, de 20%.

Para a Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, as novas condições de financiamento podem elevar em 50% a comercialização de máquinas no setor. O presidente da câmara setorial de máquinas e implementos agrícolas da Abimaq, Celso Casale, afirma que esta é uma oportunidade para o produtor rural mecanizar e modernizar a propriedade e preparar-se para a recuperação econômica a partir do ano que vem.

Da Autodata