Empresas param por duas horas, fazem operação tartaruga e rejeitam horas-extras
Como prometido em Assembleia Geral na noite de ontem na Regional Diadema, cerca de 1.200 trabalhadores do primeiro turno na Metaltork, Autometal e TRW, em Diadema, pararam suas atividades esta manhã.
“Hoje foi por duas horas e meia, na próxima semana serão quatro horas, depois seis horas, e assim por diante”, declarou o coordenador da Regional Diadema, David de Carvalho.
“Em assembleia conjunta, foi aprovado também que os metalúrgicos farão operação tartaruga a partir de hoje (6) e não farão mais horas-extras, pelo menos enquanto durar a Campanha Salarial”, disse David. “Os trabalhadores podem retomar as paradas a qualquer momento”, alertou.
Segundo David, representantes da Metaltork, Autometal e TRW procuraram o Sindicato antes da atividade para entender como seria o movimento.
“Orientamos os representantes dos patrões a procurarem o sindicato patronal e pressionarem por um bom acordo o quanto antes, caso contrário a luta vai continuar para garantir nossos direitos”, contou.
Na avaliação do dirigente, a assembleia foi bastante positiva, “mas para o movimento crescer e ter mais força a cada dia, é preciso que as paralisações sejam gradativas, e assim será”, finalizou.
Mobilização
A partir de hoje, as entradas nos turnos tiveram atrasos para pressionar os patrões a apresentarem uma proposta às reivindicações da categoria, que teve a pauta entregue pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, há mais de dois meses.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, lembrou que este é um bom período para negociar porque o crescimento apresentado pela indústria e a retomada de exportações por conta do aumento do dólar apontam para o fortalecimento da economia.
“Estamos verificando na base que há produção e que as perspectivas são favoráveis”, disse. “Então, precisamos que os empresários pressionem suas bancadas nas mesas de negociação para apresentarem uma proposta e evitarem a greve”, alertou Rafael.
Da Redação