Empresas que adotam redução na jornada produzem melhor, diz estudo

Redução na jornada de tralho sem redução no salário, de 44h para 40h, é uma das principais bandeiras da CUT e do movimento sindical metalúrgico

Além de condições para que os trabalhadores possam aprimorar o desempenho no trabalho, as companhias hoje precisam oferecer mais tempo para eles se dediquem também à vida pessoal. Esta afirmação é de um estudo da consultoria Hay Group norte-americana.

A redução na jornada de tralho sem redução no salário, de 44h para 40h, é uma das principais bandeiras da CUT e do movimento sindical metalúrgico, que propiciará a melhor qualidade de vida para os trabalhadores. A FEM-CUT tem debatido nas mesas de negociação esta importante reivindicação com as bancadas patronais. Importante informar que no ramo metalúrgico cutista, os trabalhadores nas Montadoras já trabalham na jornada de 40 horas por meio de acordo coletivo desde 2002.

Ranking
Entre os exemplos a serem seguidos, segundo o estudo, estão as primeiras colocadas no ranking das mais admiradas, que são a Apple, Google, Berkshire Hathaway, Johnson & Johnson e Amazon.

Para ele, a falta de equilíbrio entre a vida profissional e as responsabilidades pessoais, que dá pouco tempo ao empregado para se dedicar às questões particulares, é a condição que mais interfere na produtividade. 

Sendo assim, ele sugere às corporações que se dediquem à raiz do problema. “Se a companhia cria meios para que seus funcionários façam seu trabalho em menos tempo, ele ficará mais satisfeito e assim desempenhará melhor suas tarefas. Conseqüentemente, a rotatividade de pessoal cairá, além de outros fatores que afetam diretamente o lucro”, afirma.

Empresas que motivam, mas que não criam condições para o equilíbrio estão deixando de alcançar um resultado pleno, afirma Royal. Desta forma, conhecer profundamente o funcionário e direcioná-lo ao cargo mais adequado às suas habilidades é o primeiro passo para se obter bons rendimentos, diz o consultor. 

Motivação econômica
O consultor da Hay Group diz ainda que empregados mais satisfeitos se refletem em clientes também mais satisfeitos. “A lógica acontece porque profissionais mais felizes terão mais vontade de fazer dar certo e por consequência, desenvolver produtos melhores”.

O alto comprometimento dos empregados pode reduzir as despesas da companhia com planos de saúde e seguros. Nos Estados Unidos, por exemplo, tem sido comum os departamentos de avaliação de seguradoras solicitarem relatórios sobre o nível de motivação dos funcionários, diz Royal.

“As prestadoras de serviços de saúde acreditam que quanto maior o nível de engajamento, menores serão as chances de os funcionários criarem falsas razões para faltar ao trabalho, assim sendo, menor será o valor do seguro”, conclui.

Do Portal FEM, com informações do Brasil Econômico