Encontro do Setor Automotivo: A busca do Contrato Coletivo Nacional

A busca do Contrato Coletivo Nacional marcou o primeiro dia do Encontro Nacional dos Trabalhadores no Setor Automotivo, aberto ontem em São Bernardo com cerca de 60 companheiros de 16 diferentes sindicatos ligados à CUT e à Força Sindical, representando trabalhadores de 26 plantas de 18 empresas localizadas em todo o território nacional.

“Nosso objetivo principal é eliminar as diferenças que ocorrem entre as fábricas”, explicou Valter Sanches, coordenador do setor automotivo da CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT) e da coordenação da Comissão de Fábrica na Mercedes-Benz (DaimlerChrysler) de São Bernardo.

“Só para se ter uma idéia, para a mesma jornada de 44 horas semanais o salário na Iveco/Fiat de Sete Lagoas, em Minas, é menos de um quarto do que é pago no ABC. Na Volks de Resende, no Rio, é menos da metade e na Agrale de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, é pouco mais da metade do salário daqui na região”, exemplificou Sanches.

O encontro prossegue hoje com debates, seguidos por trabalho em grupos, sobre o Plano Plurianual do governo, Fóruns de Compe-titividade, Jornada de Lutas dos Metalúrgicos da CUT, Plano de Sete Metas para o Setor Automotivo, Organização dos Trabalhadores e Negociações em Nível Internacional e As Dificuldades Enfrentadas pelos Trabalhadores nos Estados Unidos.

Sábado o encontro termina com discussões e novos trabalhos em grupo sobre as principais dificuldades para efetivar as propostas e o que os trabalhadores precisam para se organizar no local de trabalho e em toda cadeia automotiva.