Encontro em Cajamar reúne turmas de formação de militantes 2022

Trabalhadores se encontraram para debater os desafios em 2023 e trocar experiências sobre a realidade da categoria que é tão heterogênea

No último sábado, 3, as turmas do curso de militantes 2022 se reuniram em Cajamar para a última atividade de formação do ano. O objetivo foi debater os desafios para a militância em 2023, trocar experiências e promover um momento de confraternização.

Foto: Adonis Guerra

Ao longo do ano, aproximadamente 70 pessoas frequentaram o curso, coordenado pelo Departamento de Formação do Sindicato, em cinco diferentes turmas de trabalhadores nas montadoras e nas fábricas das Regionais.

A diretora executiva do Sindicato, responsável pelo Departamento de Formação, Michelle Marques, reforçou a importância das atividades ao longo do ano.

Foto: Adonis Guerra

“A Formação está bem satisfeita com a participação dos trabalhadores nesses cursos, porque é deles que saem os futuros representantes dos Metalúrgicos do ABC. É muito importante que, antes de ser representante, os trabalhadores entendam o papel do dirigente e seus desafios, que só aumentam conforme o tempo”, destacou.

Foto: Adonis Guerra

Trabalho fundamental

O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, abriu o evento destacando a importância da formação. 

“Esse trabalho é fundamental para a continuidade da tradição de luta e de todo o legado do nosso Sindicato. Esses encontros permitem que militantes de diversas empresas troquem experiências e conheçam a realidade da categoria que é muito heterogênea”.

O dirigente reforçou também a importância da formação no seu crescimento pessoal. “A formação transforma as pessoas, ajuda não só do ponto de vista do conhecimento, mas principalmente o nosso processo de informação sobre companheirismo, construção das relações e de sensibilidade humana. Quando entrei para o Sindicato, esse processo foi fundamental para mim, não só como dirigente, mas como ser humano”.

Foto: Adonis Guerra

Desafio de reconstruir o Brasil

Claudionor falou também sobre os desafios de reconstruir o Brasil.  “O país foi destruído pelo retrocesso político, o autoritarismo e pelas reformas neoliberais, que tiraram os direitos dos trabalhadores e diminuíram a proteção social da população empobrecida. Precisamos combater o bolsonarismo em todas as suas trincheiras para que o Brasil não volte a viver os tempos sombrios que experimentamos nestes últimos anos”. 

“O trabalho militante foi fundamental para derrotar Bolsonaro e eleger o presidente Lula e será importantíssimo para derrotarmos a extrema direita e toda a sua herança fascista que quer destruir a esquerda, a democracia e os direitos dos trabalhadores”, concluiu.

Formação de dirigentes

Em 2022, foi estruturado um curso para dirigentes com o tema “Montagem e desmontagem do desenvolvimentismo no Brasil (1930-2022)”, com o objetivo de promover uma reflexão sobre as características do nosso modelo de desenvolvimento no sentido de superar os problemas estruturais da sociedade brasileira, as lutas para implementá-lo e a resistência das elites. Ao todo, participaram 78 dirigentes em quatro turmas no ano.