Entenda como e o que foi a ditadura militar


Golpe derruba João Goulart

A economia brasileira ia mal no início dos anos 1960, por culpa da condução errada do presidente Jânio Quadros. Ao mesmo tempo, os movimentos social e sindical ganhavam força nas cidades e no campo.

Jânio era autoritário e conservador. Queria se tornar um ditador com apoio popular. Como não conseguiu, renunciou.

O vice-presidente João Goulart, o Jango, sofria a oposição dos ministros militares, da imprensa e das elites econômicas, que não concordavam com sua posições progressistas.

Suas principais bandeiras eram as reformas de base. Elas visavam alterar as estruturas econômicas, sociais e políticas nacionais para tirar o Brasil da condição de País subdesenvolvido. Entre as principais estavam as reformas fiscal, urbana, universitária e, especialmente, a agrária.
Jango pretendia também adotar uma maior intervenção do Estado na economia.

Conspiração
As reformas propostas pelo presidente também sofreram forte oposição da grande imprensa, da elite econômica e dos donos da terra que, aliados aos militares e ao governo norte-americano, nunca deixaram de conspirar contra o governo de Jango.

Vendo a conspiração, na noite de 13 de março de 1964 o presidente realiza grande comício no Rio de Janeiro, onde reafirma os compromissos com as reformas de base e pede organização popular em sua defesa. Esse foi o rastilho que detonou o golpe quase três semanas depois.

Na madrugada de 31 de março de 1964, tropas militares vindas de Minas Gerais ocupam o Rio de Janeiro e detonam uma mobilização em todo o País que derruba Jango.

Segundo os militares, o golpe era a única maneira de livrar o Brasil de um regime comunista.
Na verdade, o objetivo das elites era derrubar as conquistas dos trabalhadores e o avanço da democracia no Brasil.

No início de abril uma junta militar controlou o poder e iniciou uma dura perseguição ao movimentos sindical e popular.

Sindicatos
Mais de cinco mil militantes sindicais, estudantis, políticos, e populares foram presos ou obrigados a deixar o País. Cerca de dois mil sindicatos sofreram intervenção ou tiveram as direções afastadas.