Entidades sociais criam frente para fortalecer a vacinação infantil
O ‘Pacto pela Vida das Crianças Brasileiras’, que reúne seis entidades sociais, criado uma semana após o início da vacinação de crianças contra a Covid-19, emitiu um manifesto contra a sabotagem da vacinação pediátrica e pelo combate ao negacionismo.
As entidades que compõem o pacto são a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Essas entidades criticam o posicionamento de algumas autoridades brasileiras, que vão contra às orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O grupo também alertou sobre as campanhas de desinformação a respeito da vacinação.
Mais de 80% dos pais e responsáveis querem vacinar os filhos contra a covid-19, de acordo com estudo VacinaKids, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, em janeiro de 2022. No Brasil, estão autorizados os imunizantes da Pfizer- BioNTech e a CoronaVac para crianças de 5 a 11 anos.
Números da Covid-19
Segundo dados oficiais, o Brasil registrou 1.544 mortes de crianças de 0 a 11 anos por Covid-19 desde o início da pandemia. Do total, 324 delas tinham de 5 a 11. Entre 0 e 4, o número de óbitos alcançou 1.220.
Porém pode haver subnotificação, um levantamento da Vital Strategies, organização global composta de especialistas e pesquisadores com atuação junto a governos, estima que o total pode ser bem maior, de 4.081.
A média de pessoas infectadas a cada 24 horas aumentou em quase 40 vezes, sendo a última semana a pior no país desde a primeira contaminação no Brasil. Mais de 770 mil casos foram registrados, o recorde anterior era de 539 mil infecções.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, até o dia 15 de janeiro quatro estados do país tinham altas taxas de ocupação na UTI. 86% dos leitos de Pernambuco estão ocupados, no Mato Grosso esse número é de 84% e em Goiás chega a 81%.
A média de mortes é inferior a 300 por dia, porém, esse número está crescendo nas últimas semanas. O nível das mortes cresce em um menor ritmo graças ao avanço da vacinação.
Com informações da Rede Brasil Atual e da Folha de SP