Enxurrada de produtos chineses também nas autopeças
Em julho, alta nas importações é de 49% sobre o mesmo mês de 2023. No ano, expansão de 20,7%, para mais de US$ 2 bilhões.
O fenômeno da invasão chinesa que vem sendo questionada pela Anfavea, a entidade das montadoras locais, e pela Anip, representante da indústria de pneus, também ocorre no segmento de autopeças. A explicação, no caso dos componentes, é até meio óbvia, visto que a enxurrada de carros chineses tem de ser acompanhada pelo abastecimento do mercado de reposição.
A Neta, por exemplo, que só inicia a venda de carros 100% elétricos vindos da China aqui em setembro, anunciou que tem um Centro de Distribuição de Peças em São Bernardo do Campo, SP, com 75 mil itens já estocados. A BYD tem um CD em Cariacica, ES, com capacidade para mais de 370 mil peças, atualmente em fase de expansão.
O crescimento expressivo da importação de autopeças chinesas este ano consta de levantamento no site do Sindipeças com números da balança comercial até julho. As compras na China atingiram US$ 357,5 milhões, com alta de 49% sobre os US$ 240,2 milhões importados de lá no mesmo mês de 2023. No acumulado dos sete primeiros meses, a expansão está em 20,4%, de US$ 1,72 bilhão para US$ 2,07 bilhões. Até maio, crescimento era de 15%.
A participação da China nas compras internacionais de autopeças chegou a 19% em julho e está em 17,6% em 2024. Há um ano o índice era de 15%. Entre os cinco principais vendedores de autopeças para o Brasil, apenas os países asiáticos ampliaram negócios este ano. Além de comprar mais na China, o País também expandiu em 3% as aquisições no Japão, de US$ 948,5 milhões para US$ 978,4 milhões.
Do AutoIndústria