Equidade de remuneração

Recentemente recebemos
no nosso Sindicato Solange
Sanches, técnica da
OIT (Organização Internacional
do Trabalho), que fez
uma interessante exposição
sobre trabalho decente.

Neste debate soubemos
que, para a OIT, trabalho
decente é um “trabalho produtivo
e adequadamente remunerado,
exercido em condições
de liberdade, equidade
e segurança, sem quaisquer
formas de discriminação,
e capaz de garantir uma
vida digna a todas as pessoas
que vivem de seu trabalho”.

Quando falamos em
equidade salarial afirmamos
que se deve pagar o mesmo
salário por trabalhos diferentes,
quando a função desempenhada
tem o mesmo
nível de requisitos em termos
de competências, responsabilidades
e esforço.

Uma das principais justificativas
que impulsiona diversos
setores do movimento
sindical a abraçar essa luta é
a constatação de que existe
discriminação de gênero na remuneração
e nas condições de
trabalho das mulheres.

As causas que levam a
essa diferença de remuneração
são diversas, podendo
destacar o fato de que, se
para muitos, as aptidões das
mulheres são consideradas
habilidades naturais, o que
pode desvalorizar, por exemplo,
as funções desempenhadas
por uma enfermeira, já
que naturalmente as mulheres
teriam mais facilidade
para cuidar das pessoas.

Comitês

Iniciativa interessante
nesta área é desenvolvida
pela ISP (Internacional do
Serviço Público). A criação
de Comitês de Equidade de
Remuneração tem como objetivo
capacitar trabalhadores
e trabalhadoras a se
apropriarem de uma metodologia
que pretende corrigir
atitudes machistas que,
em muitas situações, atravessam
os sistemas de avaliação
de postos.

Para mudar o valor social
do trabalho desempenhado
pelas mulheres é preciso
questionar velhas suposições
e relações e caminhar
em direção de novas conquistas
que nos levem a uma
sociedade igualitária.

Departamento de Formação