Escola completa um ano com mais de quatro mil alunos
Educação, uma das quatro diretrizes que orientam as ações do Sindicato, esteve no foco da categoria em 2014 e tem muito para comemorar hoje, dia em que a Escola Livre para Formação Integral “Dona Lindu” completa um ano de existência.
A Escola do Sindicato, como é mais conhecida pelos mais de quatro mil alunos que estiveram em suas salas de aula durante esse período, é a realização do sonho dos Metalúrgicos do ABC de oferecer conhecimento aos companheiros de fábrica.
O diretor de Organização e responsável pelo Departamento de Formação do Sindicato, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, avaliou as atividades da Escola neste ano e destacou os principais desafios para o próximo período.
Tribuna Metalúrgica – Qual é o principal motivo do sucesso da Escola?
Bigodinho – São vários. Nossos convênios, com o Senai, o Instituto Federal São Paulo, o Cursinho da Poli e todos que estão envolvidos com o Departamento de Formação do Sindicato. Além disso, acredito que as características da Escola também são fundamentais para esse sucesso.
TM – Que características são essas?
Bigodinho – O dinamismo é uma delas. Os cursos oferecidos pelo Sindicato em convênio com estas entidades buscam sempre adequar a realidade do aluno para que ele consiga acompanhar os conteúdos e, mesmo à distância, o aprendizado atenda à necessidade dele.
TM – E o que mais?
Bigodinho – Outro fator determinante para o sucesso da Escola é a proposta inovadora que estimula a formação profissional para um perfil de pessoas intensamente envolvidas com processos de produção, mas que não conseguiram, ainda, certificação profissional.
TM – O que isso representa dentro do aprendizado da Escola?
Bigodinho – Uma troca de expe- riências muito grande e enriquecedora, já que a estratégia é abranger o trabalhador incluindo seus laços familiares.
TM – Apesar de a Escola estar completando um ano de vida, a preocupação do Sindicato com a formação do trabalhador já tem mais de 40 anos. Como foi isso?
Bigodinho – Exatamente, o Sindicato sempre foi e ainda é muito próximo da categoria que representa e, por isso, é capaz de detectar as dificuldades que os trabalhadores enfrentam e criar caminhos para superar esses problemas. Em 1973, o ex-presidente Lula foi fundador e primeiro diretor da Escola de Madureza, que tinha o objetivo de alfabetizar jovens e adultos, uma necessidade latente, que deixava o trabalhador muito vulnerável ao desemprego.
TM – O que isso representou naquele momento?
Bigodinho – O Madureza – como era conhecido este curso que o Sindicato oferecia – foi a porta de entrada para chegarmos a “Dona Lindu”. Depois disso, em 78, já como presidente dos Metalúrgicos do ABC, Lula fechou o primeiro convênio com o Senai, que temos muito orgulho de manter até hoje.
TM – Como essa vivência reflete nas atividades da Escola atualmente?
Bigodinho – Essas iniciativas são um verdadeiro legado para nós, que estamos designados para impulsionar esse projeto que foi um sonho e está hoje comemorando um ano de realidade e realizações.
TM – Tem algo que marcou este ano e vale a pena ser destacado?
Bigodinho – Sim, dois fatos foram extremamente marcantes em 2014. As filas que se formaram na Escola para as inscrições aos cursos oferecidos pelo convênio com o Instituto Federal São Paulo, o IFSP, um recorde que nos deixou bem felizes e recompensados. Houve também o curso preparatório para o Enem, no convênio com o Cursinho da Poli, que é a porta de entrada para o ensino superior. Ainda aguardamos os resultados, mas estamos com boas expectativas, na certeza de termos contribuído para esta etapa tão decisiva na vida dos trabalhadores, dos seus filhos e outros familiares. Que pode fazer toda a diferença no futuro dos companheiros.
TM – Quais são os desafios para o próximo ano?
Bigodinho – Temos a tarefa de renovar todos os convênios para manter os cursos que são oferecidos pela Escola e ampliá-los. Além disso, não podemos perder essa perspectiva da inovação dos conteúdos, para que sejam sempre dinâmicos e contribuam com a formação profissional e capacitação do trabalhador, para que ele esteja cada vez mais preparado para a nossa vocação como polo da indústria automotiva e de toda a cadeia do setor. Isso irá garantir o emprego do metalúrgico na região e melhorar cada vez mais a sua remuneração.
Ex-presidente Lula inaugurou a Escola
“Valeu a pena viver para ver isso”. Foi assim que o ex-presidente Lula resumiu o que sentia na cerimônia de inauguração da Escola Livre Para Formação Integral “Dona Lindu”, no dia 5 de dezembro do ano passado.
Na ocasião, ele contou que sua chegada à Presidência da República começou quando entrou no Senai, como resultado da perseverança de sua mãe, homenageada com o nome da Escola do Sindicato.
“Ouçam o professor, aprendam como eu aprendi e quem sabe um dia vocês serão os futuros presidentes do Brasil”, incentivou Lula.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, afirmou, ainda na inauguração da Escola, que a iniciativa dos Metalúrgicos do ABC era uma retribuição ao que Lula sempre fez pela categoria. “É a realização de um sonho”, disse.
Rafael comemorou o interesse nos cursos oferecidos pelo convênio com o Instituto Federal São Paulo, o IFSP, que necessitou de uma verdadeira ‘força-tarefa’ para atender as longas filas que se formaram na Escola.
“O Sindicato acertou quando definiu a educação como uma de suas prioridades”, avaliou Rafael em agosto deste ano, quando as inscrições para os cursos do IFSP foram abertas.
Escola Livre Para Formação Integral “Dona Lindu”
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem a honra de convidar VSa. e digníssima família a participarem da Solenidade de Formatura dos Alunos da Escola Livre Para Formação Integral “Dona Lindu”. A cerimônia acontecerá no dia 12 de dezembro a partir das 18h na Sede do Sindicato – 3º andar. Rua João Basso, 231, Centro. São Bernardo. Próximo ao Terminal Ferrazópolis.
Da Redação