Estabilidade: vitória da luta

Tudo começou na mesa de negociação, quando o Grupo 5 recusou-se a assinar a cláusula de garantia de emprego aos incapacitados por acidentes e doenças do trabalho, exigindo seu desmembramento em duas, uma para os acidentes e outra para as doenças.

No ano seguinte, negaram-se a assinar a convenção exigindo a retirada da cláusula das doenças ocupacionais e relacionadas ao trabalho, nos moldes do que tinha sido aceito pelos metalúrgicos da Força Sindical, oferecendo apenas 33 meses de estabilidade. Não aceitamos e eles pediram o julgamento do dissídio.

Abriram-se as frentes de luta. Fomos para a Justiça defender nossa convenção, mas, principalmente, decidimos não aceitar a demissão de nenhum companheiro sequelado, e quando algumas empresas resolveram demitir, fomos para a rua, fizemos assembléias paralisações, e exigimos o retorno imediato do companheiro ao trabalho.

Paralelamente, propusemos acordos por empresa garantindo o retorno da cláusula na sua íntegra, oferecendo como alternativa ao seu cumprimento a plena requalificação profissional, em programa aprovado e supervisi-onado pelo nosso sindicato, e a partir daí, registro na carteira e estabilidade por quarenta meses na nova função. Mais de uma centena de acordos, por dois anos, foram assinados com as maiores empresas.

Com a sentença o TRT restabelece nossas garantias e ainda corrige distorções, quando derruba a exigência de atestado no INSS.

Acima de tudo mostramos que não vendemos nossos direitos e que a ação sindical forte e organizada é a nossa principal arma, na manutenção das nossas conquistas.

Comissão de saúde, condições de trabalho e meio ambiente