Estados Unidos: Imigrantes se organizam contra precarização e por respeito
As mobilizações contra a precarização de direitos saíram da Europa e chegaram na América. Depois das gigantescas manifestações na França contra o contrato do primeiro emprego, agora é a vez dos trabalhadores imigrantes nos Estados Unidos saírem às ruas.
O Dia Sem Imigrantes foi um movimento que teve adesão de cerca de 1 milhão de trabalhadores em 60 cidades durante no 1º de Maio. Eles protestaram contra o projeto de lei que prevê a expulsão dos Estados Unidos de imigrantes considerados ilegais.
Os EUA tiveram neste ano o maior 1º de Maio da sua história. Maior que os protestos em Chicago onde, há 120 anos, teve início a tradição do Dia dos Trabalhadores.
Sem papéis – O nome da jornada de luta visou chamar atenção para o papel dos sem-papéis na vida dos Estados Unidos. Eles querem mostrar a importância que têm em vários setores da economia e da sociedade. Em muitos Estados, eles são a maioria entre os caminhoneiros, motoristas de táxi, domésticos ou garçons, além de categorias inteiras do operariado fabril e trabalhadores rurais.
O movimento tem também o apoio de setores do empresariado. E a explicação é clara: com os imigrantes, as empresas exploram trabalho farto e precário, já que a situação não permite proteção social a esses trabalhadores.
O projeto de lei autoriza a construção de um muro duplo em trechos da fronteira com o México, deseja endurecer o controle da divisa e considera como delinquentes os imigrantes sem documentos. O projeto tramita agora no Senado.