Estudantes bloqueiam ruas de São Paulo em protesto contra reorganização escolar
Foto: Edu Guimarães
Estudantes de diversas escolas da rede pública de ensino fizeram na manhã desta sexta-feira, dia 9, nova manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, contra a reorganização dos ciclos, proposta pelo governador Geraldo Alckmin.
O projeto pretende rever os ciclos educacionais, e com isso, cerca de mil escolas podem ser fechadas, de acordo com estimativa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp).
A entidade contesta os argumentos do governo estadual e não vê nenhuma justificativa pedagógica para a medida do governo estadual. O sindicato avalia o sindicato que o objetivo é enxugar a máquina; cortar gastos, ainda que isso signifique negar o direito à educação de qualidade para milhões de crianças e jovens.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques a reação dos alunos e professores contra a medida adotada pelo governador de fechar as unidades escolares está correta.
“Educação tem que ser tratada como prioridade para o Brasil seguir avançando em temas como produtividade, competividade, libertação pessoal e formação de consciência, solidariedade. A escola é o espaço para isso. Pátria educadora é o que o Brasil precisa. Escola não se fecha. Isso é inaceitável! ”, afirmou.
Segundo levantamento parcial realizado pela Apeoesp em algumas regiões do estado já indica que 86 escolas estaduais serão fechadas no chamado processo de reorganização. A entidade, que continua a realizar o levantamento, aponta que muitas diretorias de ensino ainda não completaram a lista das unidades a serem fechadas ou desmembradas.
Em todas as regiões do estado continuam a ocorrer atos, caminhadas e mobilizações de professores, funcionários, pais e estudantes.
No ABC, a Apeoesp divulgou na última quarta-feira, dia 7, que a “reestruturação” resultará em pelo menos 17 escolas estaduais fechadas na região. Os números ainda são parciais e não confirmados pelo Estado, que ainda não apresentou detalhes sobre as mudanças, preocupando pais, alunos e educadores.
Em Santo André alunos, pais e professores se concentraram na manhã desta sexta-feira em frente à Escola Estadual Doutor Américo Brasiliense, uma das que serão fechadas para protestar.
Em Diadema estudantes e professores da Escola Estadual Adonias Filho, na região do Serraria protestaram na noite desta quinta-feira, dia 8, contra a decisão do governo de São Paulo de acabar com o ensino noturno na unidade escolar. Os alunos do Ensino Médio também não aceitam ser transferidos para outra unidade escolar.
Escolas que podem ser fechadas no ABCD, de acordo com levantamento da Apeoesp (o número ainda pode variar nos próximos dias):
-SANTO ANDRÉ
EE. VALDOMIRO SILVEIRA
EE. DR. AMÉRICO BRASILIENSE
EE. SÉRGIO MILLIET COSTA E SILVA
EE. ADAMASTOR DE CARVALHO
EE. PROFa CARLINA CAÇAPAVA DE MELLO
EE. DR. CELSO GAMA
-SÃO BERNARDO
EE YOLANDA NORONHA
EE TITO LIMA
EE JULIETA VIANNA SIMÕES DE SANT ANNA
EE PROFESSORA VILMA APPARECIDA ANSELMO SILVEIRA
-MAUÁ
EE. PROFa EMÍLIA CREM DOS SANTOS
EE. PROFa MARTHA TEREZINHA ROSA
-DIADEMA
EE. RAUL SADDI
EE. JOÃO DE MELO
EE. SIMON BOLIVAR
EE. VILA SANTA MARIA
EE. ANA CONSUELO
Colégios que perderão as aulas noturnas em Diadema:
EE. SOLDADO JOSÉ YAMAMOTO (noturno)
EE. ADONIAS FILHO (noturno)
EE. OSVALDO LACERDA GOMES CARDIM (noturno)
EE. DIADEMA (antigo CEFAM) (noturno)
EE. JARDIM ARCO-IRIS (noturno)
São Caetano e Rio Grande da Serra não devem ter escolas fechadas Em Ribeirão Pires a Apeoesp ainda não concluiu o levantamento.
Com informações da Rede Brasil Atual e ABCD Maior