Estudo revela aumento de Aids entre jovens
O Boletim Epidemiológico HIV-Aids divulgado pelo Ministério da Saúde na última segunda, Dia Mundial de Luta contra a Aids, apontou uma queda de 13% na mortalidade no Brasil entre 2000 e 2013.
No entanto, o número de jovens entre 15 e 24 anos que contraíram a doença neste período cresceu.
Em São Paulo, o aumento da incidência nesta faixa etária é de 23,2%, segundo levantamento da Secretaria de Saúde do Estado.
Foram registrados 1.547 óbitos causados pela doença no ano, o equivalente a quatro mortes por dia, em todo o Estado.
Do total de mortes em decorrência da doença ocorridas no período em todo o País, 198.534 (71,3%) ocorreram entre homens e 79.655 (28,6%) entre mulheres.
Em 2013, cresceu 29% o número de pessoas em tratamento de Aids no Brasil, comparado com o ano anterior.
De janeiro a outubro, 61.221 pessoas iniciaram a terapia para controlar o HIV, de acordo com o Ministério. No total acumulado, quase 400 mil pessoas já estão em terapia com medicamentos, neste ano, mas 200 mil pessoas ainda não têm acesso ao tratamento.
A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de Aids novos ao ano.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) estima que mais de 720 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, cerca de 150 mil não sabem que são soropositivas.
A Aids é a primeira causa de mortalidade na África e a quarta no mundo.
Ministério da Saúde amplia testes para combater a doença
O Brasil tem adotado nos últimos meses uma série de medidas para controle da transmissão da Aids, entre elas a ampliação do teste de HIV, além da facilitação do acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem usadas pelas pessoas vivendo com HIV/Aids.
Em 2014, com a adoção destas medidas, o Ministério da Saúde pretende cumprir a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90, até 2020.
A meta é testar 90% da população brasileira e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.
Estudos indicam que, pelo menos, 90% das pessoas em tratamento apresentam – a partir de seis meses – carga viral indetectável e não transmitem o HIV nesta situação.
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde apresenta em uma campanha a estratégia de prevenir, testar e tratar.
O objetivo é que o jovem use a camisinha, faça o teste e, se der positivo, comece logo o tratamento.
O slogan usa a gíria “#partiuteste”, linguagem típica desta faixa etária.