ETEs e FATECs: Continua greve por reposição

Os funcionários e professores nas ETEs e FATECs, escolas e faculdades técnicas do Estado, estão em greve desde o dia 16 de fevereiro e hoje fazem ato público em frente à Assembléia Legislativa para pedir a abertura de negociação com o governador Geraldo Alckmin.

“Queremos reposição de 72,22% por conta das perdas salariais acumuladas desde 1996”, disse Neusa Santana Alves, presidente do Sinteps, o sindicato que reúne os trabalhadores nas ETEs e FATECs.

Neusa explica que outra reivindicação é a extensão, à categoria, da política salarial das universidades estaduais, que Alckmin se recusa a implantar.

Estão parados pouco mais da metade dos 7.600 trabalhadores das 120 escolas e faculdades técnicas do Estado.

Neusa avisou que o movimento vai continuar até que o governador abra as negociações.

Os trabalhadores nas escolas e faculdades técnicas estaduais estão vinculados ao Centro Paula Souza, que é uma autar-quia de regime especial.

Aqui na região as cinco ETEs pararam na semana passada. Na FATEC de Mauá não há aulas por falta de professores.

Neusa disse que as FATECs, uma das principais vitrines eleitorais do governador, pagam salários baixos e não conseguem atrair professores.

“O valor da aula na FATEC é de R$ 6,14, enquanto que uma faculdade particular está pagando entre R$ 35,00 e R$ 60,00, dependendo da área de atuação”, concluiu.