EUA voltam atrás e isentam automóveis de tarifas de importação

Medida terá validade por um mês e surge após polêmicas diplomáticas envolvendo México e Canadá

As novas tarifas de 25% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos importados do México e do Canadá, sobretudo automóveis, começaram a valer na terça-feira, 4. A medida intensificou disputas comerciais que podem desacelerar a economia e encarecer produtos para os americanos, além de restringir as exportações dos países em questão. O cálculo é de que essas tarifas podem impactar cerca de US$ 2,2 trilhões no comércio anual dos Estados Unidos com esses mercados.

No entanto, diante de tanta repercussão negativa, na quarta-feira, 5, a Casa Branca voltou atrás. A sede do governo estadunidense informou que vai atrasar em um mês a aplicação de tais tarifas às montadoras instaladas nos Estados Unidos que importam carros do México e do Canadá. As tarifas impostas aos produtos chineses, no entanto, seguem valendo. A China reagiu duramente, afirmando que estava preparada para enfrentar qualquer tipo de guerra econômica.

O país asiático anunciou tarifas extras de 10% a 15% sobre produtos americanos a partir de 10 de março, além de novas restrições à exportação para empresas dos EUA. Também levou suas queixas à Organização Mundial do Comércio (OMC). As tarifas retaliatórias da China afetam produtos agrícolas dos EUA, incluindo carnes, grãos, algodão, frutas e laticínios. Com uma porta importante no ocidente fechada para os seus produtos, a China decidiu, então, estimular o seu comércio doméstico.

Na quarta-feira, houve uma espécie de desbloqueio de isenções fiscais no sentido de se absorver mais aquilo que é produzido no país, que antes tinha como destino o comércio exterior. Sustentar o consumo é um dos pilares da meta anual da China, a qual envolve crescimento de aproximadamente 5% e um plano de déficit orçamentário maior de cerca de 4% da produção econômica.

Do Automotive Business