Europa à direita, América Latina à esquerda

Partidos de esquerda desfigurados por aplicar políticas neoliberais, sindicatos enfraquecidos devido a flexibilização dos direitos e ao  desemprego, exploração contra os trabalhadores imigrantes, esquerda radical, isolada e dividida.
Estes foram os principais motivos, segundo o cientista político Emir Sader, que levaram às forças de esquerda à derrota na Europa e  permitiram o avanço de setores da direita e mesmo da extrema direita nas eleições do último final de semana.

Novo mundo
“Os europeus votaram assim porque são os grandes vencedores da globalização neoliberal, enquanto a América Latina vota à esquerda porque somos vítimas dessa globalização. Enquanto eles rejeitam a esquerda, a América Latina a reivindica e trata de reinventá-la”, afirma Sader.
Em sua opinião, a Europa se transformou em uma muralha do conservadorismo no mundo, substituindo a tradicional postura solidária da esquerda no pós-guerra pelo egoísmo consumista de agora.
“A Europa se tornou uma espécie de museu, congelada, buscando estar de costas para o novo mundo que procuramos construir. Nós, America Latina, um laboratório de experiências de construção desse novo mundo”.