Europa: produção pode cair 40% sem gás russo

A Guerra na Ucrânia parece não ter data para acabar, mas o que realmente vai durar mais que o conflito será o embargo europeu e americano à Rússia, envolvendo também o fornecimento de gás. Com o inverno se aproximando, o continente europeu sofrerá alta de preços do gás e os custos, não só para calefação das casas, mas também para a indústria, ficarão mais altos e o racionamento não será nada surpreendente.

O impacto no setor automotivo será enorme e, segundo a S&P Global Mobility, a indústria europeia perderá milhões de carros com a falta de gás russo. Isso também será reforçado pela escassez de peças e componentes eletrônicos, o que deve impactar ainda mais na produção do continente.

Ainda que os governos da União Europeia estejam sustentando o setor energético com alternativas financeiras, acredita-se que não serão suficientes para manter nem a indústria automotiva, que dirá toda a indústria europeia. A estimativa é que o setor produz de 4 milhões a 4,5 milhões de veículos por trimestre, porém, com a crise, deverão sair 2,8 milhões apenas.

Num ano, a perda pode ficar entre 4,8 milhões e 6,8 milhões de veículos, o que é muita coisa para apenas a Europa, lembrando que a escassez de chips levou à perda de mais de 7 milhões de carros em todo o mundo. A consultoria analisou 11 países produtores de veículos na Europa e destes, os que estão em melhor condição de suportar a crise são Alemanha e a República Tcheca. Já Espanha, Itália e Bélgica são os países que correm maior risco.

Do Notícias Automotivas