Ex-presidente Jango teria sido assassinado

Comissão especial da
Assembléia gaúcha concluiu
que são fortes os
indícios de que o ex-presidente
João Goulart, o Jango, foi assassinado de
forma premeditada, com
o conhecimento do general
Geisel, que presidiu o Brasil
entre 1974 e 1979.

O documento da comissão
sustenta que a morte
de Jango fez parte de um
esquema de cooperação
entre os serviços secretos
brasileiro, uruguaio e argentino.

Ele morreu no dia 6
de dezembro de 1976, na
cidade argentina de Mercedes,
supostamente em
decorrência de problemas
cardíacos. Ele governou o
Brasil de 1961 a março de
1964, quando foi deposto
pelo golpe militar e seguiu
para o exílio.

Espião –
A comissão foi criada
a partir de informações de
Mario Barreiro, ex-agente
uruguaio designado para
espionar a vida de Jango.

De acordo com Mario,
um agente secreto se
infiltrou no hotel onde
estava Jango e trocou os
frascos de medicamentos.
A ordem, segundo ele, foi
dada pela presidência da
República.

O documento da comissão
indica uma série de
encaminhamentos, entre
eles cópia dos documentos
relativos a Jango em
todos os graus de sigilo,
especialmente as comunicações
entre as embaixadas
brasileiras de Montevidéu,
Buenos Aires, Washington,
Paris e Londres.

A comissão pede também
que seja investigado o
papel do senador Romeu
Tuma, que na época integrava
o DOPS, a polícia
política da ditadura.