Êxodo em massa na Volkswagen: 20 mil funcionários deixam seus empregos voluntariamente

A reestruturação da Volkswagen ganhou ritmo acelerado e já está causando um verdadeiro esvaziamento nas fábricas da marca. Seis meses após o anúncio oficial de que cortaria mais de 35 mil postos de trabalho até 2030, a gigante automotiva revelou que 20 mil funcionários alemães já assinaram acordos para deixar a empresa de forma voluntária.

Esse número representa mais da metade da meta estipulada inicialmente e sugere que muitos empregados preferiram sair antes de serem engolidos por um cenário de incertezas. Durante uma recente reunião interna na sede da empresa, em Wolfsburg, o chefe de recursos humanos, Gunnar Kilian, confirmou que os cortes estão sendo conduzidos de maneira “socialmente aceitável”, ou seja, sem demissões diretas, mas por meio de pacotes de aposentadoria antecipada e indenizações.

“As primeiras medidas do acordo ‘Futuro Volkswagen’ já estão surtindo efeito”, afirmou Kilian, destacando também avanços na redução de custos operacionais nas fábricas. Mas esse enxugamento de pessoal é apenas parte de uma reconfiguração mais ampla. A produção da Volkswagen em solo alemão será reduzida em mais de 700 mil unidades ao ano, refletindo a queda na demanda e o foco em racionalizar operações.

Apesar das medidas, os executivos da marca admitem que a missão de tornar a VW competitiva e sustentável até 2029 ainda está longe de ser concluída. O corte em massa de empregos, a revisão de plantas industriais e a diminuição da produção mostram que a Volkswagen está atravessando uma das fases mais dramáticas de sua história recente, repensando seu papel dentro e fora da Alemanha.

Do Notícias Automotivas