Exportações apoiadas pela Apex atingem US$ 23,14 bi
Valor equivale a 16,43% do total exportado pelo País em 2010
A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) apoiou, em 2010, 12.937 empresas de 80 setores produtivos, que exportaram US$ 23,14 bilhões de janeiro a outubro deste ano — o equivalente a 16,43% do total exportado pelo Brasil. Os dados foram apresentados pelo presidente da Agência, Alessandro Teixeira, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13/12), em Brasília.
“Os resultados mostram que a Apex-Brasil vem evoluindo nos últimos anos. Saímos de 7% de participação na pauta brasileira em 2007 para 16,43% neste ano. Também passamos de 46 setores produtivos apoiados em 2006 para 80 em 2010. Em relação ao número de empresas, apoiávamos aproximadamente 3 mil em 2006 e hoje temos 12.937”, avaliou Teixeira, acrescentando que a Agência atende a empresas de todos os portes, de acordo com as suas especificidades.
Teixeira destacou o importante trabalho de diversificação de mercados de destino para as vendas brasileiras. “Tivemos um forte trabalho de inteligência para mapear e buscar abrir novos mercados em países que não atingíamos”, explicou, acrescentando que, atualmente, “os setores apoiados pela Agência sabem exatamente quais mercados são mais favoráveis, quais são os principais concorrentes, quais são os principais compradores, enfim, têm informações fundamentais do ponto de vista dos resultados”.
Nos últimos anos, segundo Teixeira, houve um incremento também no número de eventos internacionais organizados: foram 400 eventos em 2006 e, em 2010, o número chegou a 940. “Em quatro anos, são quase 4 mil eventos, o que resulta em um volume significativo de interação entre as empresas brasileiras e os compradores estrangeiros”, afirmou. Além das feiras no exterior, a Apex-Brasil apoia a vinda de compradores e jornalistas estrangeiros ao Brasil para participar dos principais eventos setoriais nacionais, tais como CouroModa, São Paulo Fashion Week, entre muitos outros.
O presidente da Apex-Brasil destacou a melhoria nas metodologias e nos instrumentos de promoção comercial, com a capacitação das empresas e das entidades em trabalhos de branding e planejamento estratégico. “Os bons resultados da Agência só foram possíveis em função da forte parceria com o setor privado, que mostrou uma grande evolução nos últimos anos. Hoje, nas principais feiras mundiais, os pavilhões do Brasil estão sempre entre os melhores, e os empresários demonstram profissionalização em sua atuação no comércio exterior”.
O presidente da Apex-Brasil falou ainda sobre o trabalho feito na atração de investimento estrangeiro direto (IED), comentando a atuação da Agência na captação de importantes investimentos para o país, tais como os centros de pesquisa da IBM e da General Electric e as fábricas da RIM (fabricante dos telefones Blackberry) e da HCL (terceira maior empresa de software do mundo).
Perspectivas para 2011 – Para 2011, Alessandro Teixeira apontou dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicando que as exportações mundiais devem crescer 7,1%, enquanto as exportações das economias desenvolvidas aumentarão 6% e as provenientes das economias em desenvolvimentos devem subir 9%. Do outro lado, as importações mundiais, em 2011, devem aumentar 6,8% em 2011, segundo o FMI. As importações feitas pela Ásia subirão 13,1%, as do Norte da África e Oriente Médio devem subir 6,5%, enquanto as da Zona do Euro aumentarão apenas 4,1%.
“Acredito que, em 2011, o Brasil deve atingir pelo menos o mesmo valor de exportações com o qual devemos fechar o ano de 2010, ou seja, cerca de US$ 198 bilhões. Se houver uma recuperação da Europa nos próximos meses, devemos ultrapassar o patamar de US$ 200 bilhões em 2011, o que seria um feito histórico para um país que, há apenas oito anos, exportava apenas US$ 60 bilhões”, avaliou Teixeira.
Para ele, é possível fazer um trabalho ainda mais intenso de conquista de novos mercados na Ásia, por exemplo, que deverá ter um crescimento de importações da ordem de 13,1% em 2010. “Há diversos países que podemos explorar mais, como Indonésia, Malásia, Tailândia, entre outros na Ásia. Na África, temos países como a Nigéria, com uma população de 130 milhões de habitantes e dos quais podemos nos aproximar”, afirmou.
Em relação à atração de IED, Teixeira disse que o Brasil deve atrair US$ 30 bilhões neste ano e, em 2011, o número deverá se repetir. Para 2012, a expectativa é de que o Brasil capte cerca de US$ 35 bilhões em IED.
Do ABCD Maior