Exportações crescem mais que importações no ABCD
Comércio exterior regional sai de resultado negativo em 2010 e registra superávit de US$ 24 milhões neste ano
O saldo da balança comercial do ABCD registrou um superávit de US$ 24,4 milhões no primeiro mês deste ano. O resultado mostra a recuperação do comércio exterior regional frente ao mesmo mês do ano passado, quando o ABCD havia amargado um déficit de US$ 47,2 milhões na balança comercial. Na comparação entre janeiro de 2010 e o mês passado, as exportações cresceram 33%, enquanto as importações avançaram 9%.
Enquanto no primeiro mês de 2010 a Região vendeu US$ 316 milhões em produtos para o exterior, em janeiro deste ano, foram exportados US$ 420,6 milhões. A maior parte das exportações é destinada ao mercado latino-americano. Só a Argentina foi responsável por, aproximadamente, 40% do total comercializado pela Região para o exterior no mês passado.
Do outro lado da balança, as importações para a Região registraram o volume de US$ 363,2 milhões em janeiro de 2010 e, no mês passado, US$ 396,2 milhões. A Europa ainda é responsável por mais de um terço das importações realizadas pelas empresas instaladas na Região.
O economista da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Fausto Augusto Jr., explica que a importação de autopeças das matrizes de indústrias instaladas no ABCD, máquinas e equipamentos e produtos de alta tecnologia para veículos explicam o fato de Alemanha, Estados Unidos e Suécia estarem entre os principais fornecedores do mercado de São Bernardo, o maior da Região. “O setor de automóveis hoje é dependente dos equipamentos eletrônicos instalados nos veículos e produtos altamente tecnológicos vêm destes países”, afirma.
Por outro lado, o consumo internacional de produtos automotivos fabricados no ABCD também influencia o desenvolvimento da economia regional e nacional. “A Região possui um parque industrial consolidado. A tendência é de que as empresas aumentem suas exportações cada vez mais”, afirma o professor de economia da Umesp (Universidade de Metodista de São Paulo), Sebastian Escobar.
Escobar ressalta ainda que a recuperação positiva da balança comercial neste ano se dá pelo fato da política econômica brasileira estar voltada para o desenvolvimento do País, o que possibilita que as economias das cidades cresçam consideravelmente. “A economia regional segue se fortalecendo e as empresas devem começar a elaborar planos de novos investimentos em suas plantas”, conclui.
Mensal
Na comparação entre janeiro de 2011 e dezembro do ano passado houve queda de 78,8% no superávit registrado na balança comercial regional. No período, o resultado passou de US$ 115,2 milhões para US$ 24,4 milhões. Na mesma comparação, as exportações registraram queda de 28%, passando de USS$ 584,1 milhões em dezembro para US$ 420,6 milhões em janeiro. Já as importações registraram retração de 15,5% e passaram de US$ 468,9 milhões para US$ 396,2 milhões.
Do ABCD Maior