Fabricante de caminhões a hidrogênio, Nikola pede falência

Empresa quer leiloar ativos e pretende manter serviços e operações de abastecimento até março

Não durou muito a vida da Nikola no segmento de veículos a hidrogênio. Fundada em 2014, a fabricante estadunidense de caminhões elétricos e movidos por célula de combustível pediu concordata. A empresa alega que fez esforços para preservar o caixa antes do pedido de falência, entre eles, deixar de fabricar novos veículos. Com isso, a Nikola garante que entrou com o processo de recuperação judicial com aproximadamente US$ 47 milhões.

Essa quantia, ainda de acordo com a Nikola, servirá para financiar suas atividades em andamento e o processo de venda. A companhia diz que quer leiloar seus ativos, além de manter alguns serviços de pós-venda para seus caminhões e as operações de abastecimento da marca Hyla até março.

“Nos últimos meses, tomamos inúmeras medidas para levantar capital, reduzir nossos passivos, limpar nosso balanço e preservar o caixa para sustentar nossas operações”, garante o presidente e CEO da Nikola, Steve Girsky. “Infelizmente, nossos melhores esforços não foram suficientes para superar esses desafios significativos, e o Conselho Administrativo determinou que o ‘Chapter 11’ (pedido de recuperação judicial) representa o melhor caminho possível”, completou o executivo.

O pedido de falência da Nikola expõe o momento delicado do setor de veículos de elétricos e a baixa demanda no segmento. Até o terceiro trimestre de 2024, a empresa tinha comercializado 200 caminhões elétricos movidos a hidrogênio no ano passado. O pedido de recuperação ainda depende de aprovação da justiça norte-americana.

Do Automotive Business