Fábricas assumem compromisso de negociar

21 de setembro de 2009

Até o final da tarde de sexta-feira, cerca de 13 mil metalúrgicos em 33 empresas dos grupos 2, 3 e 8 já haviam garantido o compromisso delas com proposta semelhante à das montadoras, com 4,44% de reposição, 2% de aumento real e abono.

Várias outras empresas estão negociando e devem assumir o mesmo compromisso durante a semana. Nas fábricas que resistem, os trabalhadores cruzam os braços. O resultado mostra que a estratégia do Sindicato é correta.

Braços cruzados
Essa estratégia foi aprovada na noite de quinta-feira, em assembleia que decidiu decretar greve. Logo após a assembleia, as empresas começaram a procurar o Sindicato para negociar.
Nas empresas que não chamaram para conversar, os companheiros tiveram que parar para conseguir abrir as negociações. Foi o caso na Dura de Rio Grande, Masaflex e Ouro Fino em Ribeirão Pires, Rassini em São Bernardo e IGP em Diadema. Nas fábricas que não seguiram essa orientação, a companheirada cruzou os braços e permanecia assim até o final da tarde de sexta-feira.

Esse era o caso da TRW e Detroit em Diadema; Sachs, Mark Grundfos e Mahle em São Bernardo; e Faparmas em Ribeirão Pires.

Decisão
Como o Sindicato não quer fazer acordos individuais, a estratégia é assegurar um compromisso das empresas que contemple a reposição da inflação, de 4,44%, mais 2% de aumento real e abono salarial.

É uma forma das fábricas pressionarem os sindicatos patronais a celebrarem um acordo coletivo com toda a categoria.

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, afirmou que a decisão dos metalúrgicos foi mais que certa, pois os resultados estão mostrando que as fábricas têm capacidade de atender às nossas reivindicações.

Segundo Sérgio Nobre, a decisão da categoria derruba também as desculpas dos negociadores dos grupos patronais, que colocavam a crise como argumento para negar o aumento real e o abono.

Dura só negociou após paralisação